quarta-feira, 27 de abril de 2022

QUEM SÃO AS "MULHERES PODEROSAS" DE SÃO JOSÉ?


 O CulturarTEEN (CULTURARTE) e o jornal Barão de Inohan estiveram na lagoa da Amendoeira em São José do Imbassai, em Maricá (RJ), para conhecer um pouco da vida e das superações destas mulheres mais que vencedoras e poderosas, que participam de um projeto de atividades físicas neste local e com esse congraçamento, criaram o grupo das MULHERES PODEROSAS DE SÃO JOSÉ. Entrevistadas por Pricilla Darmont, elas contaram um pouco das suas histórias (assista o vídeo ao final desta matéria). 

Pricilla: O jornal Barão de Inohan veio aqui entrevistar essas lindas mulheres, lindas fisicamente, lindas de alma, que fazem parte do grupo das poderosas, do circuito das poderosas, e eu venho acompanho o trabalho de vocês, as trilhas, as fotos... e eu queria saber de cada uma de vocês, qual foi o primeiro motivo, o que fez com que vocês tomassem a iniciativa de começar um circuito e o benefício deste circuito na vida de cada uma de vocês.

Lili: Bom, eu fazia muita caminhada por aqui, mas continuava obesinha, gordinha, não perdia quilo nenhum. A Inês jpá estava no circuito me chamou, insistiu para eu vir mas eu disse que não ia aguentar fazer isso. Que nada... vim a primeira vez e me apaixonei e não sai mais. E aqui eu descobri que estava pré diabética, comecei no circuito, fiz dieta, fiz tudo e minha doutora me disse que eu consegui vencer a diabete. Aqui eu consegui emagrecer e comecei a fazer trilhas, muita caminhada com essas mulheres lindas daqui, corajosas. Eu nunca pensei fazer trilha na minha vida... esse exercício aqui não é só para eu emagrecer... é para minha cabeça. Sai de uma depressão e tudo isso para me tornar a mulher que me tornei hoje. Depois do artesanato e da terapia, aqui foi minha válvula de escape, e através daqui, eu me tornei uma outra mulher.

Pricilla: E você Luciana, qual foi o seu motivo?

Luciana: Então, motivo saúde, saúde em todos os aspectos. Depois de quase perder minha mãe no final do ano, me deu um start e eu disse "eu tenho que viver saúde", e isso aqui para meus 90 anos, isso nõ é um momento, isso não é uma fase e eu comecei a me alimentar disso, e eu disse "se até meus 90 anos eu viver, eu tenho que estar fazendo isso", por que o meu corpo é uma máquina... e a gente tem que trabalhar essa máquina que é o nosso corpo, em todos os aspectos. Vim, experimentei me apaixonei, já perdi quilos e assim, meu marido é maromba a vida inteira e eu nunca fui. Sempre teve esse caminho divergente dentro da minha casa e eu não me considero maromba, mas hoje eu me considero num momento saúde. Eu estou vivendo uma descoberta muito grande, estou experimentado outras coisas também, e assim, eu estou vivendo um momento completamente diferente.

Eu só quero acrescentar que eu fui muito bem recebida e essa semana numa conversa no grupo, a pessoa Lili fez uma fala muito importante: "isso aqui não é para todas, é para quem se permite", ou seja, experimentar ser corajosa, experimentar ser esforçada, experimentar se superar, experimentar ir além e o mais gostoso de tudo isso, a gente tem uma pessoa que nos respeita, que nos acrescenta, que é cabeça aqui do time, e aqui ninguém compete com ninguém... isso para mim foi o diferencial.

Pricilla: Sua motivação Viviane Ferreira?

Viviane: Foi por motivo de saúde. Eu estava me sentindo muito cansada, também por causa da pandemia, ficando muito dentro e casa também, sem sair, sem fazer nada e eu estava me sentindo obesa. Estava engordando, eu tenho histórico de diabete na família e aqui me ajudou em resolver tudo isso, ajudou na minha auto estima.


Pricilla: E você minha querida?

Maria Flor: Meu nome é Maria Aparecida, mas também seu conhecida como Maria Flor. Não vai dar tempo de eu falar muita coisa, mas eu vou falar que minha motivação foi que eu tive problemas familiares domésticos com meu falecido marido e eu fui levando minha vida sem exercícios, meu palavrão era puxar um ferro, meu palavrão era correr, meu grito estava preso aqui no peito e eu extravasava caminhando sozinha e falando com Deus e chegou um ponto que eu, Maria Flor, nasceu de novo... e hoje estou feliz. E é assim: não para, não desista, vamos embora!!!

Pricilla: Rosangela Pimentel, sua motivação, qual foi?

Rô: Minha família é toda hipertensa. Perdi meu pai, minha mãe, meu irmão mais novo e eu sou hipertensa e eu engordei nessa pandemia, eu não dormia mais bem, ficava sufocada, fui me pesar e vi que estava com 96 quilos e resolvi começar a caminhar.

Caminhando por aqui, eu conheci eles - estavam começando a fazer o circuito - comecei bem do início daqui, estou aqui há dois anos, desde o início e fui me apaixonando, fui fazendo... hoje eu durmo normal, não sinto nada... então, só fez bem para minha saúde.

Ai conheci as meninas, elas foram chegando, foi criando essa amizade e ai foi crescendo, crescendo... começamos a fazer trilhas, caminhadas... quando a gente vai numa trilha como da pedra do elefante e a gente sobe aquela ladeira e chega lá em cima... eu não sei dizer o que a gente sente, de se superar.

... Nós atravessamos do Espraiado a Tomascar. Nós andamos quatro horas e voltamos andando mais quatro horas, nós sofremos, mas nós conseguimos e é aquela sensação de superação.

Pricilla: Por que você começou Linnei?

Linnei: Bom, eu estava presa dentro de casa devido a pandemia e quando deram a oportunidade de virmos para a rua, andando por aqui, eu vi o Kenedy (professor, criador do circuito) fazendo exercícios e isso me interessou. Com isso, eu já perdi seis quilos, conheci as meninas todas e isso me motivou. O circuito é muito bom para a saúde, muito bom para a cabeça, a gente se vê, se enxerga bem melhor.

Nilda: Eu comecei por que eu sou diabética e a depressão também. Eu conversando com a Lili, ela me convidou para fazer exercícios na lagoa, tem um circuito muito bom, vai te ajudar. E meu marido sempre me chamou para caminhar por aqui, mas a preguiça não deixava, sempre aquela moleza de sair de casa, mas a Lili me incentivou bastante. Aqui está me ajudando bastante, antes eu não dormia bem, agora eu já estou dormindo bem. 

Pricilla: E você Maria Ligia?

Ligia: Comecei aqui pela questão da saúde. Comecei a ficar muito para baixo, afetou minha auto estima, estava pré diabética, perdi minha mãe, perdi cunhada, então fiquei com a cabeça bem bagunçada. Depois que comecei aqui no circuito, já perdi oito quilos e me sinto bem, muito feliz, chego em casa bem, com disposição, isso aqui tem me ajudado muito. E com as amigas aqui, uma incentiva a outra. é muito bom, muito bom.

Pricilla: O que eu percebi que o comum de todas vocês além da saúde que é o obvio para quem começa a fazer exercícios, é a questão emocional. O exercício traz um benefício psicológico, emocional geral e eu vejo que está todo mundo aqui com carinha de cansada, mas está todo mundo com carinha de satisfeita e de superação.


OUTROS DEPOIMENTOS

Inaiara: Sou Inaiara, tenho 74 anos, sou esportista, faço bike, faço o circuito aqui com as meninas, faço pilates e faço rapel. O que motivou isso tudo? Primeiro a idade, para ter o corpo em movimento. Para fazer amizades e para a gente não deixar a vida passar assim, no vento.

Jaqueline Oliveira (54): Estou fazendo o circuito, para ajudar a minha mente, para manter o meu corpo físico e também as trilhs que faço com as meninas aqui na cidade, que são muito legais, pois nós somos muito animadas e é legal ficarmos juntos lá, enfim, estou gostando muito.

Maria Elizabeth (BEL - 53): Eu estava me sentindo muito cansada, subia uma ladeira e tinha que parar no meio para poder respirar, então eu pensei comigo "tenho que tomar uma atitude", e ai comecei a fazer as caminhadas e comecei a me sentir melhor. Eu nunca imaginei na minha vida fazer uma trilha e aqui com as meninas fizemos essa amizade e a trilha me tira o estresse. 

Glória (52): Vou falar um pouco das poderosas. Esse grupo surgiu através de um circuito que fazemos aqui na lagoa e através deste circuito, criamos um grupo para nos comunicarmos, só que era para nos falarmos de vez em quando, mas passamos a nos comunicar sempre, a toda hora por que sentimos falta uma da outra e dai, começamos a fazer caminhadas, fazer trilhas, fazemos zumba, e tem o apoio umas da outras, nos momentos bons e nos momentos ruins também. 

Nós nos apoiamos, nós nos conhecemos nos superamos as diferenças, por que todas nós temos lados bons e lados ruins e aqui entre nós tem o respeito, e por isso tem o amor. Nós somos uma família, uma família de superação, de amor, de paz, estamos sempre vencendo, nos superando. É isso que é o grupo das poderosas.


Renata: Eu sou Renata, sou professora, sempre trabalhei fora. Quando veio a pandemia, eu tive que ficar em casa e isso me angustiava muito. ... Com isso, eu engordei dez quilos e em casa você acaba não percebendo essa modificação do seu corpo, você come, mas você não percebe que você está engordando. Até que um dia, olhando fotos, eu notei que meu rosto estava muito redondo e quando eu fui para a balança, eu vi que tinha engordado muito.

Passando um dia pela lagoa, eu vi um pessoal fazendo circuito e pensei: essa é a hora. Eu nunca gostei de praticar esportes. Ia para academia, entrava e saia. O bom da academia era comprar roupinha. Você compra roupa, vai malhar, mas você não fica muito tempo na academia. E eu me identifiquei fazendo exercício ao ar livre, fazendo exercício aqui no circuito. E no circuito, eu acabei gostando de fazer exercício atrelado a atividade física e eu fiz uma dieta e consegui emagrecer uns dez quilos. Agora eu faço circuito, faço cross, faço trilha...

A trilha é uma paixão e foi conquistada junto ao grupo das "poderosas". É um grupo maravilhoso, por que uma incentiva as outras. às vezes uma não quer fazer e ai vai lá... parece até briga, mas é uma briga de incentivo, por que uma não deixa a outra ficar desmotivada. Então, esse grupo é um grupo de incentivo muito grande.

TRILHAS: Quando a gente começa a fazer, a gente pensa: o que eu estou fazendo aqui? Por que realmente é algo que desgasta bastante e cansa bastante, mas quando você chega lá em cima, vê aquele céu maravilhoso e esse mar lindíssimo, que às vezes se confundem em um azul esplendoroso e você não sabe o que é mar, o que é céu, isso te revigora, isso te revive, e faz com que você queira viver mais e mais e se superar e fazer exercício para você conseguir fazer todas as suas atividades. 

Então, se você não se adapta a academia, procure algo que você realmente goste, mas não deixe de praticar esportes, por que o esporte faz com que você se supere.

Pricilla: Você é o professor do circuito. Eu queria saber de você, o que o circuito oferece e o que precisa para começar a fazer parte do circuito? Como te encontrar?

Kenedy: O circuito é uma atividade física, onde procuramos atividades cardiorrespiratórias e por lado, nós fazemos trilhas também o que exige muito esforço físico, e ai a gente faz mais areia. Tem um complemento aqui em cima também, onde fazemos o abdominal, a ginástica localizada e a musculação, essencial para a gente que sobe muito a pedra do Elefante, onde exige muito preparo físico.

Para me encontrar basta chegar na lagoa da amendoeira às segundas, quartas e sexta às 07 horas. A educação física não exclui, ao contrário, ela inclui, tem muita integração, tanto que tem gente que chega aqui com problemas de saúde começa a fazer e começa a se sentir bem. 

Essas são as MULHERES PODEROSAS DE SÃO JOSÉ.