Com o enredo “Planeta Água”, a Mancha refletiu sobre a importância da preservação e valorização da água não apenas para a natureza, como também para rituais de várias religiões. Vai-Vai e Colorado do Brás caíram para o Grupo de Acesso.
A Mancha Verde é a grande campeã do carnaval 2022 de São Paulo. Com a conquista de 2019, a Mancha garantiu o bicampeonato. A Mocidade Alegre ficou em segundo lugar, e a Império de Casa Verde, em terceiro.
As escolas Colorado do Brás e Vai-Vai foram rebaixadas para o Grupo de Acesso do carnaval de São Paulo.
Com o enredo “Planeta Água”, a Mancha refletiu sobre a importância da preservação e valorização da água não apenas para a natureza, como também para rituais de várias religiões.
O presidente da escola, Paulo Serdan, agradeceu ao compositor Guilherme Arantes por ter cedido a música e afirmou que a Mancha reagiu depois de ter tido problema em um carro alegórico.
"Só tenho que agradecer todo mundo, agradecer meu povo, diretoria. Agradecer Guilherme Arantes que liberou a música para a gente. Nós não saímos com o atraso, se eu quiser entrar na pista com 20 minutos eu entro, nós sabíamos o que estávamos fazendo, só mudamos a nossa estratégia de desfile. Ano que vem vamos falar de Lampião. Para a gente é gratificante a gente ter tido a capacidade de reagir a hora que abriu o portão, a frieza, a nossa equipe de barracão, saber exatamente o que tinha que fazer, mudamos a nossa estratégia na hora, não entramos atrasados, entramos com o tempo necessário para resolver o nosso problema e sair com o tempo certo".
A apuração das notas do carnaval 2022 de São Paulo aconteceu na tarde desta terça-feira (26), no Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte da cidade.
Marquinhos, diretor de harmonia da Mancha, falou que a vitória tem um sabor especial por estarem celebrando a vida após a pandemia.
“Esse título é muito trabalho, foram dois anos que a comunidade veio junto com a gente. Estava todo mundo precisando, tivemos um ano difícil, perdemos um campeonato, perdemos nota em comissão. Eu peguei o telefone e liguei pra eles e falei ‘os humilhados serão exaltados’ e eu acho que deus deu o maior presente para a gente, além da celebração da vida é isso que estamos vivendo hoje. Tem um sabor especial, estamos celebrando a vida, um momento único, se foram muitas pessoas, temos que comemorar, foi muito trabalho”, disse.
O desfile
A Mancha Verde entrou na avenida com sete minutos de atraso após parte de uma das suas alegorias do carro abre-alas se quebrar, mas conseguiu se recuperar e encerrou o desfile com 64 minutos.
A escola utilizou a água em todos os carros;
Viviane Araújo, rainha de bateria, não desfilou pela Mancha Verde este ano. Ela também é rainha da Salgueiro e os desfiles acontecem no mesmo dia;
Enredo foi inspirado pela canção de Guilherme Arantes;
Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marcelo e Adriana representaram o pescador e Nossa Senhora Aparecida.
A comissão de frente mostrou a lenda das águas de Oxalá. O primeiro carro da escola mostrou a ligação da água com a religião. No segundo carro, a Mancha Verde mostrou lendas indígenas falando das águas dos rios brasileiros.
A terceira alegoria contou a lenda de Iara e o encontro com Iemanjá. O quarto e último carro trouxe uma estátua de Poseidon e falou sobre o ciclo da água e a renovação deste recurso.
A princesa de bateria, Duda Serdan, entrou sem a companhia da atriz Viviane Araújo, rainha de bateria. Vivi Araújo desfilou na mesma noite pela Acadêmicos do Salgueiro, no Rio.