quarta-feira, 20 de setembro de 2023

SIM, ELA EXISTIU: A VERDADEIRA HISTÓRIA DA BRANCA DE NEVE

 A verdadeira história da Branca de Neve é baseada numa princesa alemã do século XVIII: Maria Sofia Margarida Catalina Von Erthal.


Maria Sofia nasceu em 1729, em Lohr, Alemanha, estava parcialmente cega por causa da varíola, doença que sofreu quando era apenas uma criança. Com apenas 12 anos em 1741, sua mãe faleceu e dois anos após essa perda, seu pai, o príncipe Philipp Christoph von Erthal voltou a casar com Claudia Elisabeth Maria von Venningen, condessa imperial de Reichenstein, que se tornou a madrasta cruel de Maria.

Embora não haja argumentos suficientes para garantir que ela era uma mulher perversa, diz-se que a pequena Maria Sofia sofreu de maus tratos e humilhação por parte da sua madrasta, aquela que privilegiava os dois filhos do seu primeiro casamento.

A família de Philipp Christoph von Erthal instalou-se na aldeia de Lohr, perto de Frankfurt, zona famosa, ainda hoje, pela fabricação de esplêndidos espelhos e cristais.

A condessa Cláudia Elisabeth possuía um espelho de magnífica fabricação, era um "espelho falante", chamado assim porque produzia um efeito de eco quando falava diante dele, esta peça é conservada até hoje no castelo propriedade da família.

Diz-se que passava horas em frente ao "espelho mágico" a deliciar-se com a sua figura e até que falava com ele desfrutando do eco que lhe devolvia. Aqui está certamente a base do famoso espelho falante.

Maria Sofia (a Branca de Neve por ser extremamente branquinha) era muito querida pelas pessoas da aldeia e quase sempre estava rodeada de pessoas humildes, especialmente as que trabalhavam nas minas da região. Estas minas construídas em terreno macio tinham de ser muito estreitas para evitar desmoronamentos, isso exigia do trabalho de pessoas pequenas e até mesmo crianças.

Na vida real, e para se proteger da umidade e da poeira, os mineiros usavam bonés e casacos compridos, assim como os sete anões da história vestiam.

A linda Maria Sofia morreu muito jovem, não ultrapassava os 21 anos, mas não aconteceu devido a uma maçã envenenada, na verdade, não se sabe a verdadeira causa. Sabe-se que ela contraiu uma doença rara que a obrigou a passar longos períodos de tempo na cama. No leito, crianças e mineiros aproximavam-se da casa vestidos com suas vestes típicas e tentavam ver de longe a sua preciosa amiga como a famosa cena dos sete anões vendo Branca de Neve pela janela de sua casa.

Evidentemente quando morreu também não estava dentro de um caixão de cristal; mas até aqui há verdade por trás da lenda, diz-se que à sua morte a condessa não permitiu aproximar-se dos humildes amigos de Maria Sofia, mas quando parte o cortejo em carruagem descoberta passou pelas ruas, espontaneamente os trabalhadores da cidade se aproximavam do caixão e colavam com resinas pequenos pedacinhos de cristal em prova de amizade e carinho.

Ao chegar ao local da sua sepultura final, todo o caixão estava coberto por eles.

Os irmãos Grimm (autores da história de Branca de Neve) colocaram o resto. O maior mérito dos autores, foi ter tornado mundialmente famosa a bela Maria Sofia com o nome de "Branca de Neve".

Na pintura abaixo, a verdadeira Maria Sofia Margarida Catalina Von Erthal.