Às vezes o corpo segue, mas o coração ainda permanece um tempo.
Porque não é fácil partir do lado de alguém que a gente queria tanto ficar.
Porém só o querer não é suficiente, se as condições não são boas para a permanência. Por mais que a vontade de estar com alguém seja grande, tem momentos que a gente precisa se escolher e seguir, quando a convivência já não propicia espaço para crescer.
Seguir e continuar amando, dói. Porque o coração nem sempre escuta o que a mente tem a dizer. Porque mesmo que escute o coração alimenta a imagem de tudo que poderia ter sido e não foi.
Perceber que é preciso seguir, porque ficar não é bom ou porque determinada história já teve um fim, e nada resta ali, não é fácil. Por isso, que é preciso coragem para se escolher e saber que a dor de seguir é preferível do que conviver com a dor causada por aquele que mais amamos.
Em alguns momentos seguir se mostra necessário, vital e o único caminho real para a nossa paz. Essa opção geralmente não é a primeira. Ela vem do cansaço, depois de inúmeras tentativas frustradas, de várias conversas não ouvidas, de pedidos não atendidos, de lágrimas ignoradas, da falta de perspectiva em uma mudança sadia.
O partir só vira uma opção quando o ficar oprime a alma.
Então é preciso seguir. Mesmo que o coração sofra um pouco, mesmo que essa decisão pese, mesmo que fique a decepção pelo que poderia ter sido. Não se pode viver alimentando algo que talvez nunca seja.
Ficar ao lado de quem amamos é bom, mas só a vale a pena se recebemos esse amor de volta.
VHANIA WEEBLY, modelo fotográfica, de passarela, de corpo, passista, Rainha de Bateria e destaque de escolas de samba de São Paulo e Musa do estado de São Paulo 2021