Aquele clichê de que "a vida começa aos 40", nos soa cada vez mais falso nos dias de hoje, até porque, tenho certeza que a vida começa quando nós queremos, principalmente quando passamos por sérios problemas de doenças, perdas e ganhos, problemas de estabilidade financeira dentre outros.
Para mim, a vida começou aos 20, e depois aos 28 (quando meu pai desencarnou), depois aos 46 (no desencarne da minha mãe), e mais recentemente, aos 59 quando encontrei a razão do meu viver, a mulher que me completa, a qual já vivemos (com certeza), tantas outras vidas. Ou seja, a vida começa quando queremos e quando as oportunidades nos aparecem. Isso para qualquer um, o que dirá para as mulheres.
Mais do que aqueles clichês de que “panela velha é que faz comida boa” ou música do Roberto Carlos, que resumem e limitam bastante quem chega a essa fase da vida, as quarentonas começam a sentir diversas mudanças em si.
Seja no corpo, na mente, na relação com os outros e consigo mesma… é um momento de reflexão, um turbilhão de emoções, uma reviravolta emocional, pessoal, espiritual e profissional, de olhar para si e perceber que todas as experiências que a vida trouxe a tornaram a mulher que é hoje.
Força, empoderamento, aceitação e maturidade são palavras-chave, não é mesmo?
Ainda assim, o tempo passando impõe algumas modificações na vida a partir dos 40 anos.
– O metabolismo desacelera e emagrecer fica mais difícil mesmo. Exercícios e alimentação saudável é conselho válido pra vida toda.
– Alterações nos hormônios e chegada da menopausa podem provocar o aparecimento de espinhas, mesmo naquelas que não tiveram seus rostos maculados durante a adolescência.
– A insegurança diminui significativamente, o que é uma característica vinda da autoestima em dia, relacionada com a maturidade. Isso se percebe também na hora de ter ciúme: aprendemos que isso destrói as relações, não as apimenta. Ciúme não é elogio!
– Nessa fase, passamos a questionar mais a vida, as escolhas, as consequências. Por isso, é natural que a espiritualidade e a fé sejam renovadas ou até mesmo descobertas.
– Na hora do consumo também aparecem mudanças. Adquirimos pensando muito mais na qualidade do que na quantidade. Não vale mais a pena ter diversas blusas baratinhas no armário quando o que vale mesmo são algumas certeiras, que valorizam nosso corpo e são de ótima qualidade.
– A partir dos 40 anos, a mulher começa a dar razão pra mãe. Pode até ser na hora de lidar com os próprios filhos e lembrar-se de como era seu comportamento com a mãe quando tinha aquela idade. Não importa o motivo: valorizar as atitudes da própria mãe torna a mulher mais empática e compreensiva.
– É mais fácil engolir o orgulho e pedir perdão. Novinhas, somos pavões orgulhosos, altivos, cheias da razão e da certeza. Com o passar do tempo, trabalhamos o fato que perdoar é ficar em paz consigo mesma.
Nosso "Sucesso não se faz nos vídeos de tik tok como as meninas de 15 anos sensualizando e dançando. ( cada uma faz da sua vida o que melhor entender). Alguns homens de 50 curtem esse tipo de sensualidade.
Nesta idade nós desejamos estabilidade emocional
[···]
serei uma mulher de verdade
nem Amélia nem ninguém
um belo futuro pela frente
e um pouco mais de calma talvez
e quando chegar aos 50
serei livre, linda e forte
terei gente boa ao lado
saberei um pouco mais do amor
e da vida quem sabe
e quando chegar aos 90
já sem força, sem futuro, sem idade
vou fazer uma festa de prazer
convidar todos que amei
registrar tudo que sei
e morrer de saudade.