quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

MONICA BRIONE, MISS MARICÁ SENIOR VISITA CASA DE DARCY RIBEIRO


Monica Brione - Miss Maricá Senior 2016, esteve nos primeiros dias de 2017, visitando a casa onde o ilustre educador e senador da república - Darcy Ribeiro curtiu boa parte de sua vida (nos momentos de laser) - e os últimos dias de sua vida. Projetada por Oscar Niemeyer, a casa tem traços côncavos, bem característicos do ilustre arquiteto que também tinha uma afinidade grande com o município de Maricá.
A casa, hoje, é um museu e local de visitação sob os cuidados da secretaria de cultura da prefeitura de Maricá, e está aberta ao público todos os dias das 9 às 18 horas, com entrada franca.
Monica Brione, aproveitou a visita, para um belissimo ensaio, onde "interagiu" com a estátua em bronze em tamanho natural do grande Darcy Ribeiro.

Projetada por Niemeyer, Casa Darcy Ribeiro, em Maricá, está aberta ao público

Imóvel em formato côncavo tem traço característico do arquiteto

A Rua Cento e Dezenove, no bairro de Cordeirinho, é mais uma de terra batida, como muitas em Maricá. Nas redondezas, o comércio é predominantemente de pequenos botecos, que também funcionam como mercearia, com sinuca na varanda de cimento e pessoas sentadas na mureta.

Mas é onde a terra da via desemboca na areia da Praia de Cordeirinho que se encontra algo que torna aquela rua diferente das outras. Um guarda municipal na porta e uma pequena placa indicam: ali fica a Casa Darcy Ribeiro, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer para o antropólogo e ex-senador, que morreu em 1997. A casa ainda é um local desconhecido para a maioria das pessoas. Em 2009, ela passou a ser administrada pela prefeitura de Maricá, por meio de um comodato, mas só foi reformada em 2011.

Segundo o município, o local fica aberto à visitação todos os dias, das 9h às 17h. Mas a visita se restringe ao exterior do imóvel. Dentro, o prefeito Washington Quaquá mantém um gabinete, de onde despacha eventualmente.

Uma caminhada por fora da casa é suficiente para notar a marca de Niemeyer. A casa toda em formato côncavo e as paredes em curvas parecem acolher “com uma mão” a piscina redonda que fica de frente para o mar. Na entrada principal, há uma estátua de bronze de Darcy.

O lugar, no entanto, dá a sensação de estar parado no tempo. Os móveis de alvenaria, como a cama, hoje sem colchão, e os sofás dão ao local um aspecto simples.

E era justamente isso que Darcy era ali, um homem simples, segundo Maria de Jesus, que trabalhou para ele entre 1995 e 1997 e que, mesmo após a morte do antropólogo, cuidou da casa, até 2010.

— Neste período, ele vinha muito à casa para descansar. Recebia poucos amigos e assessores. A Beth Carvalho era amiga dele e frequentava a casa. Era um lugar onde ele encontrava tranquilidade — afirma Maria de Jesus.

Se, no final de sua vida, Darcy procurava descanso em Maricá, Maria de Jesus conta que ouviu de vizinhos e frequentadores da casa que o local tivera sua época de ouro.

— Ouvi dizer que ele dava muitas festas, recebia muitos amigos, personalidades e políticos. Mas, quando comecei a trabalhar para ele, sua saúde já não estava tão boa e acho que se sentia cansado. No meu tempo, as coisas foram bem mais calmas na casa — conta Maria de Jesus.