Com a mãe desempregada, ela foi trabalhar em semáforo para realizar sonho.
Adolescente e irmã arrecadaram R$ 5 mil para custear evento, em Goiânia.
A estudante Kamylla do Nascimento Alvarenga, agora com 15 anos, conseguiu fazer a festa de debutante que tanto sonhava com o dinheiro que arrecadou vendendo balas em um semáforo de Goiânia. Junto com a irmã, elas conseguiram juntar quase R$ 5 mil e realizar o evento na noite de sábado (7).
“Foi especial. Dei mais valor porque batalhei por isso. Realizei um sonho, desde pequena sempre quis isso”, disse ao G1.
Como a mãe está desempregada, a adolescente decidiu vender as jujubas e rifou uma bicicleta para juntar os R$ 5 mil que precisaria para a festa. Ela e a irmã, a também estudante, Thaís de Souza Nascimento Leite, de 22 anos, ficaram por quase um mês todos os dias em um semáforo vendendo os doces.
Kamylla conta que conseguiu realizar a festa para quase 100 convidados. “A decoração foi toda rosa. Aluguei um espaço de festa, contratei DJ, compramos salgadinhos, bebidas e contratamos um fotógrafo. Eu consegui alugar dois vestidos. Usei primeiro um salmão e depois, um creme, quando dancei a valsa com o meu irmão”, contou.
A estudante ganhou os itens que fizeram parte da decoração da festa, mas ela e a irmã que organizaram tudo. Elas também conseguiram de graça a preparação dos cabelos, unhas e maquiagem.
Thaís conta que também se realizou no aniversário da irmã, já que não teve uma festa especial aos 15 anos. “Foi tudo lindo, perfeito. Apesar das preparações de última hora, ficamos muito felizes. Foi diferente porque é fácil alguém fazer empréstimo e pagar, outra coisa é batalhar, querer aquilo, ir atrás e deu tudo certo. Acho que a gente mereceu. Eu gostei muito, foi praticamente uma festa de 15 anos dupla”, brincou a irmã de Kamylla.
A mãe das meninas, a costureira Ana Lúcia de Souza Nascimento, de 46 anos, conta que não gostou muito da ideia das filhas venderem as balas no início, mas conta que ficou muito feliz com o resultado que as duas alcançaram. “Tenho muito orgulho das duas porque batalharam, correram atrás do sonho. Elas já aprenderam a lutar pelo que querem, já estão vendo que nada é moleza. Tudo tem que correr atrás”, declarou.