terça-feira, 31 de outubro de 2023

"A vida (re)começa aos 40" por Angélica Rodolfo

 


O fim de um ciclo sempre trás o início de um novo caminho.

A vida é assim, feita de ciclos que se encerram e ciclos que começam. E assim eu termino mais um ciclo em minha vida. Deixo aqui meu agradecimento a vida, por tudo que vivi.

Aos sorrisos compartilhados, as experiências trocadas e as histórias vividas.

E começo eu um novo ciclo, em uma nova versão de mim.

O bom de chegar aos 40 anos é que não nos importamos mais nas obrigações de seguir padrões.

Somos o que a vida nos transformou, através de nossas escolhas.

E quer saber?!

Se não escolhemos caminhos tão bons, podemos simplesmente não só começar, mas recomeçar

Porque agora sim estamos prontos para mostrar ao mundo que podemos ser o que quisermos e fazer o que quisermos!!!

Não dependemos mais de ninguém.

Passamos da fase de nos importarmos com as opiniões alheias.

Continuo me sentindo jovem, só o meu corpo que decidiu correr mais que eu (rsrsrs)!

Vergonha de dizer minha idade?!

Por incrível que pareça, há pessoas que se constrangem em revelar a própria idade, como se isso fosse sinônimo de limitação e retrocesso.

Me sinto orgulhosa pelos anos vividos, o marco dos meus 40 anos serve para me fazer relembrar o quão forte e resiliente eu fui até aqui e quão preciosos são os dias.

Idade é só um estado de espírito.

Tem dias que eu tenho 5 anos, outros tenho 59, 21, 10 e por aí vai.

Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e sinto.


Angélica Rodolfo




31 de outubro: DIA DAS BRUXAS (HALLOWEEN) E DIA DO SACI


"Somos fadas, somos bruxas, somos simplesmente mulheres com nossas vassouras varrendo a maldade, com nossos caldeirões transbordando magia, amor e emoção" 

Cecília Fuli

DIA DO SACI E DIA DAS BRUXAS (HALLOWEEN)

Estrangeirismo à parte (o brasileiro adora cultuar os costume e falas de fora, menosprezando o que está ricamente aqui dentro), 31 de outubro é comemorado o Dia das Bruxas ou Halloween, mas nem todos sabem que também é comemorado o Dia do Saci.

A data homenageia o Saci-Pererê, figura mitológica do imaginário folclórico brasileiro.

O Dia do Saci foi criado com o intuito de ajudar a valorizar o folclore nacional, ao invés do Dia das Bruxas (Halloween), que é celebrado no mesmo dia e que nada tem a ver com a cultura do Brasil.

Origem do Dia do Saci

Com o objetivo de fazer resistência à cultura norte-americana, a Comissão de Educação e Cultura elaborou o Projeto de Lei Federal nº 2.479, de 2013, que institui o 31 de Outubro como sendo o Dia do Saci.

No entanto, em São Paulo, a Lei nº 11.669, de 13 de Janeiro de 2004, já oficializava o dia 31 de Outubro como Dia do Saci no estado.

Várias outras cidades também já decretaram leis que oficializam a data, com o mesmo intuito de reforçar a cultura e folclore nacional. De acordo com a lei:

“Entendemos que a comemoração anual do “Dia do Saci” permitirá um contato sistemático com a variedade e a beleza das tradições do País, de modo a fortalecer o processo de consolidação da identidade nacional bem como a auto-estima do povo brasileiro”.

Outra data que também celebra o Saci-Pererê, assim como todos os outros personagens míticos da cultura brasileira é o Dia do Folclore.

Dia do Saci x Halloween

Como dito, o Dia do Saci surgiu como uma alternativa ao Halloween, uma celebração baseada na cultura norte-americana. O objetivo é conscientizar a população sobre a rica variedade cultural do folclore brasileiro.

A Lei n.° 2.479, de 2003, diz que:

“A data escolhida, 31 de outubro, dia em que se festeja o Halloween, “Dia das Bruxas”, nos Estados Unidos, parece-nos pertinente. A comemoração do Halloween no Brasil – como tantas outras celebrações da cultura norte-americana de forte apelo comercial – tem atraído cada vez maior número de jovens e crianças. Criar, na mesma data, o “Dia do Saci” é, portanto, uma forma de se oferecer à juventude brasileira a alternativa de festejar as manifestações de sua própria cultura.”

Atividades para o Dia do Saci

Ao invés de sair pelas ruas fantasiado com as roupas típicas do Halloween norte-americano, no Dia do Saci as pessoas podem optar por fantasias que caracterizem os seres sobrenaturais do folclore brasileiro, como o Saci-Pererê, a Matinta Pereira, o Curupira, a Caipora, entre outros.

Entre algumas das atividades interessantes para partilhar com as crianças no Dia do Saci, destaca-se:

Contar histórias sobre as lendas nacionais;

Fazer uma peça de teatro com o Saci-Pererê como personagem principal;

Fazer desenhos do Saci e das demais figuras mitológicas da cultura brasileira;

Recriar a lenda do Saci-Pererê, incentivando a criatividade das crianças.

Aqui, temos mais ideias de atividades para você: Dicas para aproveitar o folclore.

A Lenda do Saci-Pererê

Há quem diga que a lenda do Saci surgiu no sul do Brasil, em meados do século XVII, onde as histórias populares narravam as travessuras de um pequeno índio de rabo que assustava os animais e destruía plantações.

Porém, quando a lenda chegou ao norte do país, as características do personagem mudaram. Passou a ser negro, usar um gorro vermelho e a fumar um cachimbo (por influência da cultura africana na região). A lenda também descreve o Saci como tendo apenas uma perna, pois a outra teria perdido em uma luta de capoeira.

A lenda do Saci-Pererê é transmitida ainda hoje de geração em geração nas comunidades rurais do Brasil, principalmente.

O mito ficou conhecido nas grandes cidades do país e internacionalmente graças aos livros de Monteiro Lobato, com destaque para “O Sítio do Pica-Pau Amarelo”, que teve sua adaptação para a TV e tornou as histórias do Saci conhecidas em todos os cantos do Brasil.

Conheça a origem do HALLOWEEN


O Dia das Bruxas (ou Halloween) é dia 31 de outubro. A sua tradição é bastante forte em países como Estados Unidos, Irlanda e Canadá, onde as crianças fantasiadas de forma assustadora batem de porta em porta a fim de ganhar doces.

A festa se popularizou um pouco por todo o mundo. No Brasil, a sua comemoração remonta há cerca de 20 anos, tendo sido disseminada principalmente pelas escolas de línguas. Mas, aqui também foi instituído o Dia do Saci, como o maior intuito de valorizar o nosso folclore.

Origem do Halloween

O Halloween teve origem com o povo celta, que celebrava o festival de Samhain, ocasião em que se acreditava no retorno dos mortos à Terra.

Nessa ocasião, cuja festa durava 3 dias (com início no dia 31 de outubro), se agradecia a abundância das colheitas do ano e a transição para o início de um novo ano no primeiro dia de novembro.

Para afastar os espíritos, as pessoas acendiam fogueiras e muitos utilizavam máscaras para não serem reconhecidas.

Segundo estudiosos, como era uma festa pagã, no século VIII o papa Gregório III alterou o calendário na tentativa de atribuir à festa o caráter religioso, através da mistura das datas.

Assim, o Dia de Todos os Santos, antes comemorado no dia 13 de maio, passou a ser no dia 1º de novembro, antecedendo o que passou a ser All Hallows' Eve. O termo Halloween então é resultado da junção das palavras hallow e eve, que significam respectivamente “santo” e “véspera”.

Tradições do Halloween: doce ou travessura?

Dentre as atividades mais comuns encontra-se a prática norte-americana do “doce ou travessura” (trick or treat, em inglês).

A brincadeira, que surgiu nos Estados Unidos, consiste em andar fantasiado pela vizinhança e bater de porta em porta dizendo a tal frase à espera de receber doces, caso contrário é feita uma travessura a quem negar dar guloseimas.

Apesar de a brincadeira não ser comum no Brasil, nesse dia há festas temáticas para adultos e crianças.


As fantasias mais escolhidas estão relacionadas com bruxas, esqueletos, vampiros, zumbis, etc. Além dos trajes, as pessoas costumam se maquiar, com o objetivo de ficarem com o aspecto mais assustador possível.

A decoração envolve os tons de preto, laranja e roxo com símbolos alusivos à comemoração.

Símbolos do Dia das Bruxas

Há símbolos que estão sempre presentes, porque remetem ao sombrio: abóboras com recortes, bruxas, vampiros, morcegos, aranhas, fantasmas, caveiras, gatos pretos, velas, zumbis, e as cores laranja, preto e roxo.

As abóboras com velas acesas servem para iluminar o caminho dos mortos. O seu uso surge da modificação de uma lenda irlandesa, a lenda de Jack O' Lantern, alma de um homem que não foi aceito nem no céu, nem no inferno e que, assim, andava a vaguear na terra, iluminando as noites com um nabo.

Sendo o Dia do Saci, ou Dia das Bruxas, o importante é a diversão sadia, portanto, DIVIRTAM-SE!

Pesquisa: Jornalista Pery Salgado
Modelos participantes: Cecília Fuli, Jhess Magalhães e Rachel Miranda, Yasmin Victória e amigas
Realização: PR PRODUÇÕES





segunda-feira, 30 de outubro de 2023

"Precisamos ser encontrados" por Clarice Lispector


Às vezes você pensa que quer desaparecer...


...mas tudo o que você realmente quer


é ser encontrada!!!

Clarice Lispector

Quem é Clarice Lispector


Clarice Lispector, nascida Chaya Pinkhasivna Lispector, foi uma escritora e jornalista brasileira nascida na Ucrânia. Autora de romances, contos, e ensaios, é considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX.

 

domingo, 29 de outubro de 2023

"A cada decepção um novo aprendizado" por Leisa Fernandes


Me chamo Leisa Fernandes (47), técnica de enfermagem e sou mãe de 3 lindos filhos, Laisa, Cláudio e Wendel minhas vidas, sou divorciada pela segunda vez.

Filha de pais maravilhosos (Leonor e Isac) meus corações fora do peito, sou feliz por ter uma família na qual Deus não poderia ter me dado melhor.

Mas em toda minha vida, tive que aprender a lutar...

Meus pais me ensinaram desde de novinha a correr atrás para conquistar o que eu quisesse ter, e assim eu aprendi, a lutar para ter minhas coisas, nunca mexi em nada de ninguém, nunca me envolvi em nada errado e nunca dependi de homem nenhum.

Tudo que tenho, se saio linda e cheirosa, no salto, sou eu que me banco.

Sou uma uma mulher menina (inclusive com pezinho de princesa), no qual me amo do meu jeitinho especial que eu mesma consigo me encantar: sou dengosa, às vezes mimada, (culpa dos meus pais - risos), mas amo ser quem eu sou, e também encanto aos que me cercam (bom, pelo menos eu acho!!!).

Sou amada por muitas pessoas, mas também odiadas por outras, e sem motivos (será?), mas tem gente que sente raiva de mim pela pessoa que sou, pelo jeito de me vestir, de como trato todos, como me faço feliz, de como levo minha vida, a maneira que luto para mudar. Minha vida incomoda muita gente, tem gente que não faz nada para mudar a própria vida, mas se incomoda com a mudança que estou sempre fazendo na minha vida.

Mas o que mais dói, é que a falsidade não vem do estranho; a primeira falsidade começa enquanto estamos sendo gerados, essa é a verdade nua e crua.

Abrir os olhos dói, mas é necessário. 

Sou amiga, ajudo mesmo não podendo, tiro minha roupa para aquecer alguém que precisa, mas sempre o que recebo é a decepção. Como já disse, sou carinhosa, sincera, verdadeira, e principalmente humilde e todas essas e outras qualidades, mesmo que maravilhosas sejam, me trazem muita decepção em todas as áreas, mas jamais mudarei minha essência para satisfazer egos e vontades alheias. 

Continuarei sendo essa mulher menina, mas já deixei de ser boba, cada um que passa pela minha vida tem me ensinado uma lição na qual eu aprendo a não ser mais boba, e também os tipos de pessoas que eu nunca vou me tornar.

Vou continuar sendo um mulherão que causa inveja ('tô' me achando!!!).

Tenho minhas curvas que encantam, um corpo lindo, desenhado, "meu sorriso é meu cartão de visitas", tenho cicatrizes que me fizeram forte, e não preciso andar nua para ser encantadora, consigo encantar até de moletom!!!

Mas tem pessoas que não conseguiram enxergar meu valor estando do meu lado, elas apenas se aproveitaram dos benefícios que pude oferecer, mas como a terra gira e a lei do retorno é para todos, um dia vão acordar e ver que enquanto catavam pedrinhas, perderam um Diamante (mesmo que ainda bruto, precisando ser lapidado com mãos inteligentes e hábeis), sendo que quando esse dia chegar eu não me importarei mais, não fará diferença alguma, porque essas próprias pessoas me abriram os olhos, fizeram enxergar a vida como ela é e eu descobrir meu real valor.

E na dor do arrependimento vão ver o quão valiosa eu sou, mas de longe, porque quero distância de pessoas falsas, no qual só pensam em benefícios próprios.

Sei que eu não perco por dar amor, perde quem não sabe receber, aos poucos estou me mudando, já que não posso mudar as pessoas. Não se trata de egoísmo e sim amor próprio, no qual vivi muitos anos da minha vida, amando a todos e me deixando para trás, mas hoje mais madura, eu percebo que meu primeiro amor sou "EU!!!".

Tem pessoas que eu fiz tudo por elas, mas nem obrigado foram capazes de dar, e isso fez com que eu abrisse os olhos mesmo sendo doloroso, e aí você enxerga que se não te acrescentam não te fazem falta, e se não caminham junto na luta, na vitória não precisam aparecer. 

Então minha luta não vai parar, até que eu chegue onde eu quero e sei que Deus está no controle da minha vida.

Então, olharei sempre para o alto de onde vem o meu socorro, pois o meu socorro vem do Senhor que fez o céu, a terra e o mar.

Deus me ensinou que para vencer eu preciso só não desistir. 

"Nunca deixe de sonhar porque inúmeras pessoas não torcem por você, pois se desistir, será facilitar para os invejosos, então não facilite".

Sou feliz por mim e totalmente grata a Deus!

Espero que seja também exemplo e motivação para muitas mulheres, e agradeço a oportunidade que a PR PRODUÇÕES através do jornalista e produtor Pery Salgado me deram, de contar um pouco da minha história. Grata pelo convite!

Texto de Leisa Fernandes com adaptações de Pery Salgado




sábado, 28 de outubro de 2023

"Cometemos erros para crescer e amadurecer" por Bob Marley


Está sempre errado...

Você erra por raiva, por amor, por ciúme.

Você comete erros para aprender e com isso, aprende a nunca repetir certos erros.

Você comete um erro para poder se desculpar e admitir que estava errado.

Cometemos erros para crescer e amadurecer.

Você comete erros porque não é perfeito.

Texto: Bob Marley
Modelo: Vitória Kelly

Quem foi Bob Marley

Robert Nesta Marley, mais conhecido pelo nome artístico Bob Marley, foi um cantor e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar internacionalmente o gênero.
Faleceu com apenas 46 anos de idade, mas deixou um grande legado.



sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Mulher Melão 'humilhada' na praia por "amiga" com atributos bem maiores!!!

 


Renata Frisson, nome artístico de Cristina Célia Antunes Batista, também conhecida como Mulher Melão (36), é uma cantora, dançarina e atriz brasileira. Ela surgiu no cenário funk logo após o carnaval de 2008, quando saiu como sereia em um carro alegórico da Vila Isabel. Envolvida sempre em várias polêmicas e situações engraçadas e até bizarras, já participou de diversos ensaios fotográficos sensuais e eróticos, sendo capa de inúmeras revistas. Recentemente, passou a ser mais uma "celebridade" que fatura bem com o Only Fans (onde é a nº 1 em faturamento dentre todas as mulheres) e outras plataformas de conteúdos adultos.

Conhecida por ter belos e grandes atributos (seios e bum bum), o que lhe rendeu o famoso até hoje apelido de Mulher Melão - da época onde Mulheres eram batizadas com apelidos de frutas, só perdendo para Mulher Melancia no tamanho do bumbum, passou vergonha em companhia de uma amiga na quarta feira dia 11/10, na praia do Recreio dos Bandeirantes.

 A cena aconteceu na véspera do feriado de Nossa Senhora da Aparecida, quando fazia uma reportagem para o TV Fama. Melão escolheu um biquíni com estampa estilo militar em tons de verde. No estilo super cavado que ela adora, a peça deixou os cantinhos da virilha à mostra. Já a amiga (que não teve o nome divulgado - não se sabe porque), apostou em um maiô com enormes recortes nas costas e no abdômen. O bumbum gigante de Vanessa Ataídes ficou sendo mesmo o destaque, roubando a cena até da própria ex-funkeira, que parece ter um corpo estilo "mignon" em comparação. 

Obviamente muitos olharam para o corpaço da Mulher Melão (que está em ótima forma), mas não puderam deixar de admirar (e muito) os atributos INFINITAMENTE maiores de sua amiga Vanessa. E você, o que acha, qual seria o corpo ideal e o mais bonito?





Andressa Laranjeiras (Musa da Primavera), participa da campanha de prevenção ao Câncer de Mama

 Andressa Laranjeiras, Musa da Primavera, abraça a campanha de prevenção ao câncer de mama. Mais de 40% dos casos de câncer de mama acontecem em mulheres com menos de 50 anos

Realizada desde 2016 pela PR PRODUÇÕES, a exposição fotográfica da campanha de prevenção ao câncer de mama, intitulada CÂNCER DE MAMA: PREVENÇÃO DE JANEIRO A JANEIRO, além de reunir mulheres (homens e mulheres trans) de todas as idades, credos, profissões, raças e classes sociais, busca sempre trazer informações ATUALIZADAS sobre o câncer de mama e os devidos tratamentos, como na matéria acima.

"É preciso que fique claro à todas, que a prevenção é diária e não apenas em outubro em função do OUTUBRO ROSA. Exames de toques, visitas aos médicos ginecologistas são fundamentais para preservação da saúde da mulher", disse o jornalista e produtor da exposição, Pery Salgado.

Qual a idade mais perigosa para ter câncer de mama?

O câncer de mama está sempre relacionado a mulheres com 40 anos ou mais, porém, é importante alertar que o tumor também pode ocorrer entre pessoas jovens e, ainda, não é impossível ser identificado entre crianças, apesar de ser extremamente raro.

Homens também podem contrair o câncer de mama pois são possuidores de glândulas mamárias, e por ser extremamente raro é um dos mais perigosos se não o mais letal, pois como os homens não fazem este tipo de controle, quando detectado, normalmente já estão tomados e em fase terminal da doença.

O diagnóstico de câncer de mama em mulheres com menos de 40 anos é raro, representa em torno de 10% de todos os casos registrados. Mas, quando ocorre nessa faixa etária, a doença tende a ser mais agressiva. Nesse cenário, um novo estudo brasileiro reacende o debate sobre a partir de qual idade elas devem começar a fazer a mamografia periodicamente.

A pesquisa Amazona III foi feita com 2.950 mulheres, de 22 centros de saúde em nove Estados, que descobriram o tumor entre janeiro de 2016 e março de 2018. Os resultados mostram que 43% delas tinham idade inferior a 50 anos no momento do diagnóstico. Das que tinham menos de 40 anos, 36,9% estavam no estágio 3 da doença, considerado localmente avançado.

O estudo foi conduzido pelo Grupo Latino-Americano de Oncologia Cooperativa (Lacog, na sigla em inglês), organização não governamental que reúne 147 pesquisadores de 70 instituições, juntamente com o Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama e apoio do Instituto Avon, ONG associada à FEMAMA em São Paulo. O trabalho começou em 2016 e as participantes serão acompanhadas até 2021 para avaliação de tratamentos, cirurgias, possível retorno da doença e taxa de sobrevida.

O Ministério da Saúde recomenda a mamografia a partir dos 50 anos. Já a FEMAMA e a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indicam o exame a partir dos 40 – antes disso, só para grupos de risco. “Se na consulta o médico perceber se tratar de caso familiar, que tem mutação genética, começamos o rastreamento a partir de 25 anos com mamografia e ressonância magnética”, afirma Vilmar Marques, vice-presidente da SBM. Ambas as orientações se baseiam na análise de estudos clínicos.

Em outros países, a recomendação também varia. A Sociedade Americana de Câncer (ACS), por exemplo, apontava a necessidade do exame a partir de 40 anos. Mas, em 2015, a entidade mudou esse patamar para 45 anos.

Segundo Gustavo Werutsky, diretor científico do Lacog, o problema é que pelo menos um terço dos casos de câncer de mama afeta mulheres antes dos 50 anos – 34,8% das participantes do estudo tinham entre 36 e 50 anos no momento do diagnóstico. “Essa população precisa de rastreamento. Estamos perdendo um terço das pacientes”, afirma ele, que também trabalha no setor de Oncologia do Hospital São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

Chefe da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Arn Migowski alerta que a amostra do estudo é pequena e representa menos de 2% dos casos de câncer de mama no País, estimados em 60 mil por ano. Dados do Inca, ligado ao Ministério da Saúde, indicam leve tendência de queda na incidência da doença em mulheres de 40 a 49 anos, de 2000 a 2010. Na faixa etária de 20 a 39 anos, houve estabilidade.

De acordo com ele, existem riscos na indicação de rastreamento antes dos 40 anos, quando não há sintomas. “A mamografia é um exame de acurácia ruim para mulher jovem por causa da maior densidade da mama. Isso aumenta os resultados errados e acaba irradiando muito a mulher desnecessariamente”, diz Migowski.

Diagnóstico tardio

Além de recomendar o exame para mulheres entre 50 e 69 anos, o Ministério da Saúde orienta que ele seja feito a cada dois anos. Outro dado do estudo que chamou a atenção dos pesquisadores é que, do total de mulheres, 34% descobriram o câncer ao fazer exame de rotina, sem ter tido sinais ou sintomas prévios.

“É preocupante porque, com outros dados recentes, mostra que a gente, na verdade, não tem cobertura ideal de rastreamento do câncer de mama”, aponta Werutsky. Ele indica três razões: falha em educar as pacientes, dificuldade de acesso ao exame e não realização dos exames. O primeiro e terceiro motivos estão conectados, uma vez que, se a mulher desconhece a doença, tende a não dar importância ao diagnóstico precoce. E percepções equivocadas sobre o câncer de mama são expressivas.

Pesquisa deste ano, feita pelo Ibope Inteligência a pedido da Pfizer com 2 mil brasileiros, apontou que quase 80% das pessoas acreditam que o toque nas mamas é a principal medida para identificar a doença em estágios iniciais. Muitas vezes, porém, quando o tumor é palpável, já está em níveis avançados. Além disso, 25% das ouvidas estão convencidas de que a mamografia só é necessária se exames prévios indicarem alterações.

No caso da analista de vendas Fabiana Farias, de 40 anos, o câncer só foi detectado, há um ano e meio, porque ela realizava exames pré-operatórios para colocar prótese mamária. “No ultrassom não apareceu nada. Quando eu fiz a mamografia, apareceu calcificação suspeita. Era inicial, mas estava completamente espalhada na mama”, conta ela.

Ao saber que, no futuro, a outra mama até então saudável poderia ser afetada, Fabiana decidiu fazer uma adenomastectomia (remoção completa) nas duas mamas. O procedimento é preventivo e conserva pele, aréolas e mamilos. “Não era mais estética, era saúde.”

Na questão do acesso ao exame de mamografia, o Brasil tem cerca de 5 mil mamógrafos espalhados pelo território, mais do que a proporção recomendada que é de um para cada 240 mil habitantes. A desigualdade na distribuição dos equipamentos, porém, é um desafio.

Estudo publicado em fevereiro pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem mostra que, no Sistema Único de Saúde (SUS), com 2.102 aparelhos disponíveis no País, o Estado de São Paulo é o mais privilegiado (402 mamógrafos) enquanto o Amapá tem o maior déficit (com dois, sendo que o ideal seriam três). Soma-se a isso a demora em agendar consultas e exames no sistema público.

Rede de atendimento interfere no diagnóstico

Ser atendido no Sistema Único de Saúde (SUS, a rede pública) ou na área privada faz diferença quanto ao diagnóstico do câncer de mama. No SUS, 33% das mulheres foram diagnosticadas com estágio 3 da doença, considerado localmente avançado. Na rede privada, o número cai para 14%. Os dados são da pesquisa Amazona III.

Níveis mais leves do câncer foram mais prevalentes na rede privada de saúde (41% com estágio I). “Isso é universal. Em países desenvolvidos, há menos prevalência de câncer de mama avançado ou metástase. Em países pobres, a prevalência é de 30% a 40% de diagnóstico grave”, diz Débora Gagliato, oncologista da BP – a Beneficência Portuguesa de São Paulo.

A especialista concorda que o acesso, não só à mamografia, é difícil em nações em desenvolvimento, como o Brasil. “Uma vez que a paciente tem alteração na mamografia, até ter biópsia realizada pode ter um tempo muito grande. E sabemos, claramente, que tempo para tratamento é igual à cura. Pacientes que demoram a começar quimioterapia preventiva têm maior chance de morte por causa da doença”, diz.

“Campanhas de educação são importantes para que a mulher tenha noção de que o exame salva vidas, mas é preciso ampliar a disponibilidade de acesso ao SUS”, complementa Débora.

Sabe-se que tumores em estágios mais avançados tendem a ter tratamento mais custoso. Além do maior uso de medicações, há maior probabilidade de efeitos colaterais.

Andressa Laranjeiras, Musa da Primavera, abraça a campanha de prevenção ao câncer de mama.

Andressa Laranjeiras (46), mãe, avó, arquiteta, mulher sofrida e extremamente guerreira, foi convidada para ser um dos destaques da exposição do período 2023/2024. E Andressa diz como se cuida:

"Primeiro uma alegria pelo convite e agora, não só como mulher, mãe, avó, profissional de arquitetura, mas como modelo e Musa da Primavera, tenho como missão divulgar e propagar os cuidados com nossa saúde e a importância dessa campanha.

Faço mamografias periódicas, principalmente porque tenho casos de câncer de mama na família. O autoexame também é feito regularmente durante o banho. 

Ter esses cuidados é a maior demonstração de amor que eu posso me dar. Não adianta cuidar apenas do físico e se esquecer do principal, nosso interior. O câncer mata!", concluiu Andressa, Musa da Primavera 2023.