sábado, 6 de abril de 2024

"Sem planejamento, casal que fica junto, cresce junto?" por Bárbara Agnes


Um texto contundente, por vezes chocante, mas se lermos com cuidado, veremos que é cheio de verdades, fatos que acontecem a cada minuto e que deveriam ser pensados para serem evitados e com isso, problemas de má construção de novas famílias, que levam a desrespeitos, agressões e inúmeras mães solteiras e filhos largados.

A psicopedagoga Bárbara Agnes, com sua escrita afiada, mostra (embora muitos não queiram ver) a realidade de inúmeras relações atuais:

"Eu vendo um monte de casal postar "casal que fica junto cresce junto!".

Não seria mentira, se o casal, tivesse no mínimo, um emprego, uma fonte de renda fixa, um bom plano para conquistar suas estruturas na vida! Mas agora um casal que começou (de repente) sem planos, para o futuro, só tem um desejo e uma força, para o momento, porque nem sonho tem, ainda estão em busca de um! 

Sinceramente o que eu faço é rir! E ainda por cima nasce um fruto! Um filho, sem planejamento, sem sonho para a criança gerada, muitas vezes depois de uma transa de cinco minutos, onde a mulher na verdade é um mero depósito de esperma!!!

O filho é o sonho? Desculpa! Eu diria que o filho é mais um desejo sem noção para o momento também, do que mesmo um sonho! Mas enfim, essa é a sociedade abaixo da linha da pobreza, mal assistida, mal acompanhada, sem noção, que a maior parte da população é!  


Enfim, casal que fica junto cresce junto! Cresce em que? Pobreza e problemas sócio econômicos???  Sinceramente???" escreveu Bárbara.

EXPLICAÇÃO

"O texto acima é um relato de uma crítica que eu faço À sociedade que vive abaixo da linha pobreza. É comum vermos pessoas justificando suas "misérias" na suposta falta de oportunidades, falta de ajuda por parte do governo e etc...

Porém, pouco vemos a sociedade de baixa renda se conscientizar de suas impossibilidades momentâneas, reforço, momentânea, porque tudo pode mudar, e o ser humano mesmo sem muitas possibilidade do mundo e no mundo, pode sim vencer! Basta ele querer!!!

A questão é, deixar de fazer a base e já partir para realização. Casal, é a realização de uma família, é impossível imaginar casal, sem filhos no futuro. Sim, normalmente eles vão procriar. Então o que mais vemos dentro da classe de baixa renda, é antecipação de etapas super importantes na vida, como a de estudar, trabalhar, projetar, executar e por fim realizar. 

Realizar a unificação das partes... muitos querem se unir sem ter pra onde ir, morando na casa dos pais, sendo sustentados pelos pais, ainda por cima fazem filhos, sem ter a noção da responsabilidade que é ter e ser uma família! 

A família deve ser iniciada com planejamento, não pelo simples desejo que um homem e uma mulher tem de ficarem juntos (principalmente, transarem muito), e enfrentarem o mundo sem armaduras para vencer... é sobre isso! 

Então, eu faço uma crítica social! Está na hora de pessoas sem condições necessárias pararem de romantizar a vida a dois, uma vez que estaticamente já é decretado um fracasso para essas duas pessoas que unem suas pobrezas, e um único fator predominante como justificativa pra ficarem juntas e trazer prejuízos para o estado.

"Sexo", nada contra esse fator biológico natural, mas esse não poderia ser a motivação de muitos quererem estar juntos (até por que, afirmo, na maioria das vezes, a preocupação é "fuder por fuder", sem que a mulher tenha prazer e como já afirmei acima, em muitas vezes sendo apenas um depósito de esperma para o prazer do homem, em relações violentas para a mulher, desrespeitosas e muita (a maioria) que duram apenas cinco minutos, tempo para o homem 'ter prazer' e mulher, literalmente... 'que se foda'.

O casal sobrevive pensando em crescer sem saber como crescer. O crescimento é a junção de duas partes já em andamento, ou bem sucedida, bem alicerçada. Uma relação bem sucedida inclusive, pode suprir a necessidade da outra. Agora, duas em necessidades, é uma loucura e um fracasso romântico apenas isso, fadado a um triste (e muitas vezes) violento fim!!!" explicou.

Texto: Reflexão de Bárbara Agnes - psicopedagoga.
Inserções: Pery Salgado (jornalista)