Na terça feira 22 de agosto, esse mulherão com cara de menina completou 51 anos (uma excelente ideia) e ela continua mais fulgurante e exuberante do que nunca, mostrando todo o potencial, beleza e valor da mulher madura, da mulher cinquentona.
Vamos reviver um pouco da história de NAJA (cheia de superações), com as fotos do seu aniversário onde recebeu amigos para uma linda comemoração. Parabéns menina, você é um grande exemplo para todos!
"A HISTÓRIA E CONFISSÕES DE UMA CINQUENTONA"
Naja Carvalho dos Santos, mais conhecida como Naja Press (seu nome artístico) nasceu em 22 de agosto de 1972, na cidade São Paulo, filha caçula de Adão Lino e Josefa. Muitos estranham seu nome, afinal, NAJA remete a serpente, aliás, muito perigosa e venenosa, temida por muitos, mas nossa querida e doce NAJA, explicou ao jornalista Pery Salgado (editor do CULTURARTE), que segundo soube de sua mãe, o pai dela ao ir registrá-la no cartório com o nome de NADJA, disse ao escrivão o nome mas com o som do D mudo, e o cidadão fez a certidão sem o D, registrando então NAJA como nome da linda menininha, que aliás, sofreu e ainda sofre bullying em função do nome.
Filha de pais separados aos dois aninhos, sempre morou com seus irmãos Lindomar, Douglas e Solange e com sua mãe. A ausência de seu pai sempre foi muito forte em sua vida.
Todas as vezes que ela revia seu pai, poderia ser aonde quer que fosse, ambos se abraçavam e choravam muito. Apesar da distância, parece que suas almas sentiam falta uma da outra, e Naja sempre teve os traços de caráter de seu pai, honesto e sincero.
Dona Josefa sua mãe, era costureira e assim criou os cinco filhos com muita dignidade, trabalhando até madrugada a fora para dar o melhor para seus filhos. Anos mais tarde sua mãe teve um relacionamento com João e veio a dar a luz a Katley a caçulinha da família. Naja teve uma infância e adolescência bem humilde, mas sempre foi muito sonhadora e com muita fé. Aos 8 anos, foi molestada sexualmente pelo seu padrasto, fato que persistiu até os 11 anos, mas que marcou muito sua vida e felicidade até os 20 anos, mas Deus curou essa profunda ferida, por isso relata NAJA, que sentia tanta falta do seu pai, por não tê-lo por perto para protege-la.
Sua mãe e seu padrasto decidiram morar no interior de São Paulo, em Rio Claro, onde Naja passou a trabalhar na lavoura com apenas 11 anos de idade, colhendo café, laranja...
Ela se recorda que acordava às 4 horas da manhã com seus irmãos, colocava calça, blusa de frio, vestido, meias, botas e chapéu de palha; onde subiam na boleia do caminhão, e dormiam sentados no trajeto até a roça ao som de, Chitãozinho e Chororó. Eram chamados os boias frias, pois levavam a comida numa marmita e no meio da colheita paravam para almoçar. Para ela na verdade era uma diversão, curtia como uma brincadeira de criança e uma maneira de poder ajudar no sustento de seu lar.
Mas logo seu pai retornou e a levou para morar com ele porque sua mãe não havia conseguido escola para ela.
A VIDA NA CIDADE DE SÃO PAULO
Passou então a morar num bairro de Interlagos, zona sul de São Paulo, com seu pai, sua tia Auxiliadora e seus três irmãos Diogo, Kely e Willian, por parte de pai.
"Todas as vezes que eu ia comer qualquer coisa que fosse eu me lembrava de meus irmãos e de minha mãe que haviam ficado naquela cidade, eu pedia a Deus que transportasse o alimento que eu estava comendo para a barriga de meus irmãos. Porque eu sabia o quão difícil era a vida deles, porque logo que fomos morar lá, minha mãe e meu padrasto se separaram, então a situação ficou bem complicada para nós.", relatou emocionada Naja.
"Eu fazia este pedido porque a realidade do meu pai era muito diferente da nossa, casa bonita, alimentos e roupas com fartura", disse à nossa reportagem.
Um dos sonhos de Naja era ser bailarina e marinheira, sonhos estes que infelizmente nunca foram realizados.
NAJA sempre teve veia artística. Ainda com 11 anos de idade fez sua primeira apresentação num esquete teatral na biblioteca de sua escola, onde interpretou a Chiquinha do Chaves. Ali ela decidiu: "é isto que vou querer ser na vida, atriz!"
Naquela período dos anos 80 os Menudos eram a maior febre, a coqueluche do momento e Naja não era diferente das meninas de sua idade e era a maior fã, apaixonada pelo Robby onde cantava, dançava e se caracterizava como seus ídolos. Teve a graça de ganhar de presente de seu pai e sua tia o convite de vê-los no Estádio do Morumbi, onde para ela foi a maior realização de sua pré adolescência.
Quando tinha 13 anos sua mãe voltou da cidade onde estava com seus irmãos, e passaram a morar no Jardim Colorado na zona leste de São Paulo. Dona Josefa levava os seus filhos para frequentarem a Igreja do Evangelho Quadrangular do Pastor Walter Ferraz, onde logo todos se batizaram. Naja passou a ser assídua nos cultos mesmo quando seus irmãos e mãe não iam, lá estava ela firme e forte. Frequentou este ministério até os seus 19 anos de idade. Participou das Marchas para Jesus nas ruas de São Paulo, das gravações dos discos do Adhemar de Campos.
NASCIA NAJA PRESS
Um amigo de seu irmão Douglas, o Wagner (boca) a apelidou por Naja Press, e ela gostou da ideia, passando a usar como nome artístico desde os seus 14 anos.
Ouvinte assídua da Rádio Cidade, ouvia, e gravava os programas todos os dias. Foi ai que passou a se apaixonar por locução. Intercalava seus estudos, com seu hobby e quando completou 18 anos, foi convidada por seu amigo Waldemar Cardoso para ser a locutora em um evento da igreja, onde aceitou de imediato.
No ano seguinte seu pastor Walter Ferraz, montou uma emissora e convidou-a para ser uma das locutoras principais da emissora. Neste mesmo período, aquele mesmo Waldemar Cardoso também montou uma emissora de rádio em Sapopemba (zona leste da capital) e também a convidou para fazer parte da equipe de locutores.
Naja Press fazia seu trabalho com muito amor e dedicação e passou a ter fãs, ouvintes assíduos de seus programas, onde ela apresentava canções românticas, traduções, músicas gospel, um mix para todos os gostos. Trabalhou nestas emissoras por aproximadamente quatro anos.
No último ano de seus estudos seu pai presentou os filhos com uma casa na zona sul de São Paulo, em Santo Amaro, onde sua mãe e seus irmãos foram morar nesta nova casa.
Naja porém sempre muito decidida, não queria parar seus estudos por ser o último ano. Passou então a morar por um ano na casa do casal de pastores de sua igreja, Nelson e Neusa Godoy.
Neste meio tempo, por volta dos seus 17 para 18 anos teve seu primeiro romance sério, namorou cerca de três anos com Hélio, aquele a quem ela imaginava se casar, mas no meio do percurso as coisas acabaram não dando muito certo, o que a levou a uma grande depressão por cerca de sete meses.
Foi em Deus, mais uma vez que Naja encontrou forças para se recuperar, dar a volta por cima e continuar a sua caminhada, até porque sua vida estava apenas começando e nada poderia parar está menina.
VIDA NOVA NO RIO, FORMADA E CASADA
No final do ano de 1994 estava formada como Técnica em Contabilidade. Resolveu passar o Natal com seu pai, e todos os seus irmãos, que nesta época já moravam no Rio de Janeiro. Foi ai que ela conheceu seu futuro esposo e pai de suas filhas Natalie e Naomi. Em 1997 com 25 anos de idade realizaram a cerimonia matrimonial, deixando para traz sua carreira, amigos, e familiares.
Vir para o Rio de Janeiro, mas especificamente para Niterói foi uma decisão bastante difícil, porém “uma decisão tomada é responsabilidade sem olhar para traz”, afirmou Naja.
Continuou sua caminhada com Cristo onde junto com seu esposo, passou a frequentar a Igreja Jerusalém Celestial, do apóstolo Lucas Bezerra. Lá, foram consagrados diáconos.
Naja Press passou a ser líder do ministério de dança e do ministério de teatro “O quarto Homem” por 15 anos. Realizou muitos eventos evangélicos com suas peças, salvando várias vidas, não apenas dentro da igreja mas nas comunidades, praças e até na praia, onde tinha uma equipe muito abençoada e era admirada por todos.
Na vida profissional tentou alguns contatos com algumas emissoras de rádio mas nada conseguiu, passando a trabalhar em alguns jornais de bairro, porém sua carreira não era reconhecida.
Começou a receber convites para trabalhar como secretária, e assim foi seguindo sua vida. Logo que chegou de São Paulo seu desejo era ter aberto uma escola para dar os cursos que havia feito por lá, afinal, estava com 9 diplomas debaixo do braço.
Sua vontade sempre foi oferecer a oportunidade para os adolescentes que moravam em comunidades, para que as meninas não engravidassem, pois estaria se preparando para o futuro e os meninos uma maneira de manter a mente ocupada, ficando assim longe das drogas. Mas não obteve apoio de seu então, esposo.
No ano de 2003 após seis anos de casada descobriu que não poderia engravidar e tentou então fazer um tratamento, mas como nunca foi fã de sentir dores, no mesmo dia em que ela deu início ao tratamento decidiu parar, porque as dores eram intensas quando colocavam contraste no seu útero para desobstruir o canal.
"Pensei, se Deus quiser que eu tenha filhos, Ele mesmo me dará, porque eu nunca mais voltarei aqui", relatou e continuando disse: "entrei chorando no carro onde meu, até então marido me esperava, e me consolou."
Cerca de três meses depois descobriu que estava grávida e foi a maior alegria da sua vida. Deus seja louvado, no dia 14/06 do ano seguinte (2004), nascia sua primogênita - Natalie, a maior alegria do coração do então casal.
"E se o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres"
Cerca de dois anos, Deus os presentou com Naomi, a "branquinha" do casal.
Ser aceita numa nova cultura, gostos diferentes, não foi nada fácil. Mas sempre muito comunicativa e simpática, conquistou os corações de muitos.
Passou por momentos muito difíceis, pois algo que jamais imaginava acontecer, aconteceu, a separação de corpos, dois longos anos dentro de casa, onde tentou reverter a situação, mas nada adiantou, como seu ex marido mesmo disse "ninguém muda ninguém". Então veio o divórcio.
A CHEGADA EM MARICÁ
Após 12 anos morando em Niterói, na comunidade do Jacaré, haviam adquirido um terreno e estavam construindo uma bela casa, bastante espaçosa para criarem suas filhas, em Itaipuaçu, distrito de Maricá, onde veio o divórcio.
Nesta época suas filhas Naty estava com cinco anos e Naomi com três. Desempregada, sem carro, pois o ex-marido havia levado, Naja recebeu o diagnóstico de que sua pequena Naomi com dois anos possuía a síndrome do espectro autista, onde iniciou-se uma grande jornada.
Sem o apoio de seu ex-marido, passou a enfrentar esta batalha sozinha. Com duas filhas, ia se virando como podia. Conheceu uma ótima pessoa que mudaria o rumo das coisas, mas "pessoas saradas, saram, pessoas feridas, ferem pessoas". O relacionamento acabou não dando certo porque ela ainda abalada com tudo o que estava vivendo não conseguia se entregar para um novo amor.
Naja continuou sua jornada sem muito sucesso. Como secretária, trabalhou em colégios onde ela pudesse levar suas meninas, como secretária da igreja era como se fosse o seu lar, lá também suas filhas podiam estar com a mãe. Até que um bom amigo a contratou para trabalhar com ele e levar suas filhas, mas este emprego já deu lá muito certo.
Deus soprou em seus ouvidos, quando ela lhe perguntou: "e agora Senhor o que irei fazer?"
Deus lhe disse claramente, "vá vender pizzas" e ela curiosa lhe perguntou: "vender pizzas Senhor?"
Ele lhe respondeu: "sim, vender pizzas" e ela ressabiada, mas tendo muita fé disse: "tá bom, mas eu não sei fazer, o Senhor vai mandar alguém para me ajudar?"
E Deus lhe respondeu que sim. Naja encarou e de fato, um amigo - Felipe - da mesma igreja a Jerusalém, veio lhe dar todos os ensinamentos, e Naja logo aprendeu como fazer pizzas. A primeira vez que fez foi para seus amigos no dia de seu aniversário em 22 de agosto de 2016, onde preparou cerca de 30 pizzas no mesmo dia.
Trabalhou por um período na loja Twin Fashion na Gaviões em Niterói, de suas amigas, as gêmeas Heleuza e Helena, mas como ela tinha que se ausentar muito tempo de casa resolveu então, trabalhar por conta própria, indo para a porta do mercado Grand Marche na rua 12 esquina com estrada de Itaipuaçu vender suas pizzas pré-cozidas, no bairro onde mora até hoje.
Mesmo com as vendas de suas pizzas, dividia seu tempo trabalhando também como garçonete no restaurante Camarão no Bafo, e no Jornal Mão na Roda do amigo João Madeira.
Vendo que suas pizzas estavam rendendo um bom dinheiro resolveu então abrir uma pequena pizzaria no dia 28 de março de 2018, onde chamaria Pizzaria da Naja.
As coisas estavam indo bem, mas por ser ela o homem e a mulher de dentro de sua casa, os gastos eram muito, então no dia 28 de setembro do mesmo ano teve que fechar o seu comércio.
NOVA TENTATIVA E PERÍODOS DIFÍCEIS
Empreendendo junto com a amiga Wanda Barros em 2019, foi para as ruas de Itaipuaçu vender os quitutes que ambas faziam, porém no sábado 19 de dezembro, por ironia do destino quando estava completando 11 anos que havia se mudado para Itaipuaçu, ao atravessar a estrada de Itaipuaçu foi atropelada por um motoqueiro distraído, exatamente em frente ao mercado onde ela começou a vender suas pizzas, o que lhe rendeu um braço aberto com um ferimento que viera a receber 25 pontos e uma perna quebrada, usando agora uma prótese interna e três parafusos.
Ficou de cadeira de rodas e de muletas, sem poder executar suas funções por cerca de cinco meses e ainda hoje mantem seu tratamento. Em janeiro de 2021, perdeu seu pai para o câncer e para a pandemia e sua mãe veio a óbito em maio de 2022, falecendo em casa, nos seus braços. Um fato também muito triste foi a perda de sua irmã mais velha - Solange, que teve câncer e várias complicações, anos antes.
MAIS UMA VEZ, SUPERAÇÃO E NOVAS CONQUISTAS
Hoje, com seu talento e alegria, onde jamais deixou transparecer qualquer dificuldade, sempre muito otimista e com um auto astral e um sorriso sem igual, NAJA acredita na vida, no amor, na felicidade, pois crê que Deus está com seus olhos abertos e com suas mãos estendidas para lhe abençoar.
Segue sua vida agora como Presbítera onde foi consagrada na igreja de seus amigos Pastor Maurício e Marla Soares, há um passo de ser também uma pastora. Estuda teologia, é capelã e criou um podcast de músicas traduzidas com Naja Press no Spotify (músicas traduzidas Naja Press). Tem também um canal no YouTube (NAJA PRESS - https://www.youtube.com/channel/UC9At0qdbWFDobGSsNjln0zw).
Tem milhares de seguidores, trabalha com divulgações de empresas, negócios e é microempreendedora.
Em sua vida, abriu as portas para relacionamentos que não lhe acrescentaram muita coisa.
Vive muito bem com suas filhas, Naty (18), já formada em designer gráfico e que acabou de abrir sua própria empresa com o apoio do pai Natanaelson, onde mãe e filha estarão trabalhando juntas. Já Naomi (16), segue com seus acompanhamentos na Casa do Autista, no Parque Nanci próximo ao centro de Maricá, faz suas aulas de idiomas e é "tiktoker" onde posta sempre seus vídeos. Duas lindas mocinhas super amorosas, que são o orgulho da mamãe.
Naja Press ao completar 50 anos em 22 de agosto é uma mulher bastante otimista, pois ainda tem muitas realizações para viver, afinal de contas está jubilando, onde há o perdão de dividas e a glória da segunda casa chegando. "Tá vindo muita novidade por aí", garante Naja.
PRESENTE ESPECIAL
O amigo, produtor cultural e jornalista Pery Salgado, aproveitando o aniversário de NAJA, convidou-a para contar sua história, uma história cheia de vida e superações, verdadeiro exemplo de luta e motivação para outras mulheres, bem ao estilo que ele tanto gosta, nas páginas do CULTURARTE.
E como sempre faz, quis saber suas preferências e gostos. Naja não tem cor predileta, disse que só não gosta de verde e aprecia todas as outras. Não tem time, mas torce muito pela seleção brasileira.
Suas bebidas prediletas são os sucos naturais, para comer, ela é eclética, vai de uma deliciosa feijoada a comida japonesa, frutos do mar...
Gosta de usar roupas que a valorizem, que a deixem sempre muito elegante, somado a um magnífico salto alto.
Para dormir, um pijaminha quentinho no inverno e lingerie no verão. Gosta de passear em praias, fazenda, shopping... e disse que Dubai, é a cidade dos seus sonhos. Para namorar afirmou que com a pessoa amada não tem lugar próprio, "nós fazemos o lugar".
Perguntamos sobre seus sonhos e desejos e ele disse que são muitos: "ser uma locutora reconhecida, viver com carro na garagem, com saúde, bem casada, filhas felizes, vida realizada, sem precisar ficar contando dinheiro".
MUSA OUTONO INVERNO 2022
Sua história, sua imagem, sua simpatia, sua estampa, seu exemplo, foram motivos mais do que suficientes para o produtor Pery Salgado conceder a NAJA PRESS, o título de primeira MUSA OUTONO INVERNO 2022.
E como sempre fazemos nas nossas matérias, pedimos para NAJA deixar um recado para as mulheres que queiram seguir seus passos:
"Para as mulheres deixo um conselho, cuidado com suas decisões, nem sempre siga o seu coração porque ele é enganoso, às vezes é melhor seguir a razão. Nunca desista dos seus sonhos por causa de nada e ninguém. Nada é mais importante do que a sua felicidade e realização.
Sua vida hoje é o reflexo de sua decisão lá atrás. Ainda que não esteja como gostaria que estivesse, continue e nunca desista, você quer, você pode, você consegue.
Ame-se, cuide-se independente das circunstâncias. Tenha um hobby, aprenda coisas novas, na internet tem muito conteúdo gratuito. Faça por você não espere nada de ninguém, as pessoas nos decepcionam o tempo todo. Mas ainda que alguém te decepcione continue a nadar. Porque o importante não é o que fizeram com você, o importante é o que você fará com o que fizeram com você.
Eu, contudo, continuo seguindo os meus objetivos, mesmo aos 50 anos sinto-me uma jovem de 25. As lutas não me pararam. Eu sigo o meu caminho porque eu sei que tenho um Deus que é por mim, e uma hora a chave vira e a vida muda, assim foi com todos aqueles que creram em Deus, segundo a bíblia. Tal qual José do Egito, Jó, Mefibosete e tantos outros que em meio ao caos Deus entrou com providência e mudou a história da vida deles.
Acredite, tem vida neste vale de ossos secos, profetize e tome posse da tua Vitória. Acredite em Deus, mas acredite em você também.
Uma frase que falei para meu ex-marido há não muito tempo: "ter me separado de você foi a pior coisa que aconteceu na minha vida, e foi também a melhor, porque pude de fato descobrir quem sou hoje é o que me tornei, forte e resistente".
Meus mais sinceros agradecimentos vai em primeiro lugar para o meu amado Deus Pai para o Todo Poderoso Criador dos céus e da Terra, que me fez ser a mulher que sou, forte, tranquila, com paz na vida, segura, inteligente, que ama ao próximo como a mim mesma, que ama a vida e nunca desiste de viver.
Às minhas filhas Natalie e Naomi, meninas fortes, amigas, leais, que sempre estiveram comigo em meio a algumas dificuldades, mas que estão aí firmes na caminhada comigo, amo vocês filhas.
Àqueles que estão comigo no meu dia-a-dia, me apoiando, me fortalecendo, seja com uma palavra, um telefonema, um abraço.
Aos amigos que mesmo distantes, sempre nos falamos, rimos e choramos juntos. Àqueles que por algum motivo eu não mencionei nesta biografia. À minha família que sempre acreditou em mim, me apoiando em meus sonhos e decisões.
Este agradecimento vai também especialmente para todos aqueles que um dia me feriram, me humilharam, me decepcionaram, me fizeram sentir um nada, à você porque suas atitudes só me mostraram o quão maravilhosa eu sou, ao ponto de te perdoar e ainda conseguir te amar. Porque eu entendi que as pessoas só dão aquilo que elas têm, então você só me deu o que possuía. A você, o meu muito obrigada, saiba que aprendo muito com o que você me ofereceu.
Ao meu amigo Pery Salgado que me presenteou com esta publicação de minha biografia, estou mesmo lisonjeada. Me proporcionando falar de algo tão íntimo e tão real, e saber que não me envergonho de minha história. Gratidão meu amigo, Deus te dê muita saúde e te cubra com suas mais ricas bênçãos.
“Efraim: Fui próspero na terra da minha aflição” Gn 41-52.
Confissões de uma CINQUENTONA
Sou mulher e a partir dos 50, não leio instruções.
Carrego em todos os botões até que o celular se ligue.
Não preciso de álcool para envergonhar alguém.
Sei fazê-lo sem beber!
Não sou resmungona.
Sou emocionalmente sensível.
Não tenho defeitos. São efeitos especiais.
Penso que as mulheres deveriam ter corpos de mulher e não de ossos disfarçados.
Não sou gorda, tenho é superfície de uso erótico.
Perdoar e esquecer?
Não sou Jesus Cristo e nem tenho Alzheimer.
As pessoas perdem-me e ponto!!
Nós mulheres, somos anjos e se nos quebrarem as asas, continuamos a voar, nem que seja em cima de uma vassoura, porque somos flexíveis e extremamente criativas.
Quando Deus criou a humanidade prometeu-nos que encontraríamos os homens ideais atrás de cada esquina. Por isso, é que a Terra é redonda.
Nós Mulheres, somos únicas!
Porque rir é saudável e gratifica a alma, bora lá dar uma gargalhada!!!
E viva as cinquentonas!!!