Vejo a vida a correr
E nela eu também corro
Finjo não ter medo de perder
Mas por dentro, grito por socorro
O mundo não quer saber dos meus ais
E eu não sou dona dos meus trilhos
Sempre serei a menina dos meus pais
E a prazo, a heroína dos meus filhos.
Visto-me de supermulher, de zorro
Mas não saio em telejornais
Sei que todos os dias eu morro
Só não sei, quantas vidas tenho mais.