O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido enquanto outros são mais lentos. Ele pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura. Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.
Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.
Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas.
Mulheres com risco elevado para câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco para decidir a conduta a ser adotada.
COMO PREVENIR
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:
– Praticar atividade física regularmente;
– Alimentar-se de forma saudável;
– Manter o peso corporal adequado;
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
– Amamentar
SINAIS E SINTOMAS
É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são:
– Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
– Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
– Alterações no bico do peito (mamilo);
– Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
– Saída espontânea de líquido dos mamilos
As mulheres devem procurar imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica ao identificarem alterações persistentes nas mamas. No entanto, tais alterações podem não ser câncer de mama.
CUIDADOS COM AS MAMAS DEVEM SER O ANO INTEIRO E NÃO APENAS EM OUTUBRO, ENFATIZA O INCA
É preciso ainda atenção às pessoas de baixa escolaridade sem acesso à mamografia e às regiões que têm taxas de incidência e mortalidade elevadas
O Rio de Janeiro é o estado brasileiro com maior taxa estimada de incidência de câncer de mama (68,78%) e também a unidade da federação com maior mortalidade (18,8%), segundo estimativas elaboradas pelo INCA para o biênio 2018-2019. Os números preocupantes no Rio de Janeiro são resultado de fatores como o envelhecimento da população, a inatividade física e a obesidade.
Das mulheres com indicação etária para exames de mamografia (50 a 69 anos) a cada dois anos, 60% fizeram o procedimento em 2013, segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde. Destas, a maior parte está no Sudeste (67,9%) e a menor, no Norte (38,7%). Se esses números forem observados pela ótica da escolaridade, uma nova discrepância é constatada: mulheres com curso superior completo – portanto, em tese, com mais acesso à informação – representam 81% das que fizeram mamografia contra 51% das que não têm instrução ou possuem o ensino fundamental incompleto. Mais uma vez, o Norte do País apresenta a maior distorção – menos de 30% com baixo nível de escolaridade se submeteram à mamografia.
“A gente não vai avançar se dermos atenção por igual a situações desiguais”, analisou Liz Almeida, chefe da Divisão de Pesquisa Populacional do INCA, que fez a apresentação “A Situação do Câncer de Mama no Brasil”.
“É preciso, sim, dar uma atenção diferenciada para a Região Norte”. Ela disse que a situação do Rio de Janeiro também chama atenção.
O Brasil figura, em 2018, na segunda faixa mais alta de incidência de câncer de mama entre os todos os países com uma taxa de 62,9 casos por 100 mil mulheres (taxa padrão utilizada mundialmente). Os países são agrupados em cinco faixas.
Quanto à taxa de mortalidade de câncer de mama, o Brasil está situado na segunda faixa mais baixa com uma taxa de 13 por 100 mil, ao lado de países desenvolvidos como EUA, Canadá e Austrália, e melhor de que alguns deles, como a França e o Reino Unido.
REDE DE SOLIDARIEDADE
O Instituto promoveu o debate “Juntos, enfrentando o medo”, mediado pela jornalista Luana Bernardes, da Rádio BandNews FM. O objetivo foi mostrar que, ao lado do papel inquestionável do Estado no controle da doença, parentes, amigos e a sociedade civil organizada podem contribuir com o apoio de várias formas a pacientes e familiares, principalmente no enfrentamento do estigma do câncer.
A presidente da ONG Pérolas, Jhiovana Ibañez, enfatizou a necessidade de resgate da autoestima das mulheres. “Algumas delas não se sentem corporalmente mais mulheres depois de uma cirurgia para remover a mama”. As redes de apoio são importantes, continuou, porque muitas vezes, as mulheres não conversam com a família sobre o problema, mas se sentem mais à vontade com quem enfrenta ou enfrentou o câncer de mama.
A psicóloga da Clínica da Dor do INCA e coordenadora do grupo de pesquisa Corpo e Finitude, Juliana Castro, se centrou na necessidade de “reinvenção do corpo” principalmente no pós-tratamento: “Esse trabalho é lento, subjetivo, mas é isso que vai fazer com que a paciente possa fazer desse corpo novo o corpo próprio”.
“O que eu percebo é o que o medo que a gente tem nem só é do estigma que a gente ouve dizer (‘Vai cair cabelo’, ‘Vai sentir enjoo’), mas o medo ‘do que vai ser’ ’’, disse Walkyria dos Reis Nadaz, paciente do INCA e integrante do grupo Renascer. Ela também considera que o apoio das redes de solidariedade é fundamental. A paciente fez retirada radical do seio direito e é modelo de corpo da campanha de controle do câncer de mama, por isso não fez reconstrução mamária. “O medo pode ser positivo ou negativo: depende de quem está ao seu lado”, avaliou.
DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO
Para a chefe da Seção de Mastologista do INCA, Fabiana Tonellotto, “o que se precisa é fazer a disseminação do conhecimento, é educar as pessoas, para que elas se conheçam e conheçam o seu corpo”. Ela acredita que isso acaba por “reduzir esse medo”.
A CAMPANHA
A campanha do INCA e do Ministério da Saúde tem como mote Cada corpo tem uma história. O cuidado com as mamas faz parte dela, e foi apresentada pela diretora-geral do Instituto, Ana Cristina Pinho. “O câncer é uma realidade e é parte da vida das pessoas. Então, é preciso falar disso”, disse ela lembrando o quanto o medo do câncer ainda é disseminado na sociedade.
A campanha tem como alvo mulheres em torno de 60 anos, mas é um chamado a toda a sociedade. O mês de outubro deve lembrar que o cuidado com as mamas, inclusive pelos homens (a doença afeta cerca de 1% deles, mas de forma bem agressiva), precisa ocorrer o ano inteiro.
Por este motivo, desde 2014 a PR PRODUÇÕES (CULTURARTE e jornal BARÃO DE INOHAN), realizam a exposição fotográfica de prevenção ao câncer de mama, onde reúne mulheres de todas as idades, credos, profissões, classes sociais, etnias, falando dos diversos tipos de cânceres. Fala do agressivo câncer nas negras, em mulheres magras, sem seios, gordinhas, com seios enormes, mulheres siliconadas, mulheres baixinhas, mulheres muito altas, adolescentes, e mais recentemente crianças e homens.
Neste ano a PR PRODUÇÕES trará também a presença de homens e mulheres trans e todos os problemas que as glândulas mamárias presentes em qualquer ser humano pode trazer e acarretar em suas vidas.
CANTORA E COMPOSITORA PATY PINK PARTICIPA DA CAMPANHA
Paty Pink cantora e compositora, tem 40 anos, teve quatro filhos é casada, vive em Santa Catarina e como toda mulher inteligente e que se preza, toma todos os cuidados com sua saúde, principalmente na questão dos seus seios (lindos por sinal), onde diariamente faz o exame de toque normalmente durante o banho, ou em sua cama quando vai se deitas após um árduo dia de muito trabalho.
Patrícia (Paty) vai pelo menos duas vezes ao ano ao ginecologista e este ano fará pela primeira vez uma mamografia para conferir que está tudo bem com suas mamas.
Ela deixa um recado para todas as mulheres: "Nós temos a oportunidade única de gerar vidas, de alimentar vidas. Nossos seios são lindos. Durinhos, caídos, pequenos ou grandes, não importa, são lindos e ao meu ver, a parte mais linda dos nossos corpos. Temos que cuidar e preservá-los. Façam seus exames de toques, façam mamografias, visitem seus ginecologistas com frequência. Prevenir nunca é demais" sentenciou Paty.
Quer conhecer um pouco mais desta cantora e compositora, Musa Completa 2022? Acesse https://culturarteenpr.blogspot.com/2023/02/paty-pink-da-dor-ao-inicio-do-estrelato.html e veja toda sua vida de luta, sofrimentos e superações. Um grande exemplo de mulher e um grade talento musical.
Confira o belíssimo ensaio completo de Paty Pink para a exposição fotográfica de prevenção ao câncer de mama, acessando https://modelosdobrasilpr.blogspot.com/2023/04/paty-pink-na-campanha-de-prevencao-ao.html