Tela de Luiz Gustavo |
A sociedade me impõe que eu tenho que ser assim:
Loiro, alto e de olhos azuis, mas eu sou preto.
O que fazer?
Eu me orgulho da minha cor, da minha origem e do meu amor. Amor pela minha terra, louco por quem sou.
Mas, será a sociedade ou eu que não me dou devido valor?
Que valor?
Ser preto não tem valor?
Quando falamos de valor, lembramos da escravidão em que uma pessoa de pela preta, tinha um valor em dinheiro.
Não por ser um bom profissional e sim por ser uma mercadoria, um escravo a ser comprado. Para ser obrigado a trabalhar, para um dito senhor, seu dono.
Hoje não! Somos livres, só que sem liberdade, pois não acreditamos em nós mesmos, no que falamos, no que fazemos ou no que podemos. Podemos muito mais e precisamos nos libertar dessas correntes, dessas amarras imaginárias. Nos subjulgamos em nossa força, no que construímos e tudo que fizemos pelo nosso Brasil.
Ser preto é ter orgulho, é poder bater no peito e dizer, sou preto, sou capaz, sou forte e posso tudo que qualquer outro cidadão pode.
A vida não é uma prisão, temos que nos libertar, são mais de 500 anos e ainda dizem que somos "A cor não branca da sociedade."
Por que?
Acredito não importar a cor e sim valorizar cada pessoa, cada "ser humano" e sua individualidade.
Sou preto, sou branco, sou pardo, sou caboclo, sou mameluco, sou asiático, sou europeu, sou latino, sou americano, sou todas as raças, sou eu, sou o amor, sou honesto, sou ético, sou vitorioso!
Posso ser tudo e muito mais...
O pré conceito, o racismo ou qualquer outro tipo de adjetivo que nos distingue uns dos outros é o que não podemos deixar existir ou aceitar.
Sou preto, sou grato!
Opoetafetado
11/11/2022