Uma menina de 12 anos foi vítima de um estupro coletivo na Baixada Fluminense, Região Metropolitana do Rio. O caso foi denunciado nesta sexta-feira por uma tia da menina e está sendo investigado pela delegada Juliana Emerique, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav). De acordo com Juliana, a investigação pretende não divulgar maiores detalhes da localização da adolescente para protegê-la.
— É muito importante que quem conhecer essa história denuncie os autores — afirmou a delegada.
O caso teria acontecido no último domingo. A investigação ainda não sabe quais eram as circustâncias do encontro entre a jovem e os rapazes. O crime foi registrado em um vídeo. Pelo menos cinco rapazes aparecem nus nas imagens. A vítima grita pedindo para que o estupro pare, mas os homens continuam com as agressões. Ela também tenta se esconder atrás de uma almofada.
“Cala a boca. Vão ficar ouvindo a sua voz e vão saber que é tu”, diz um dos agressores.
“Tapa o rosto da novinha”, diz o outro nas imagens.
Informações preliminares dão conta de que a menina só conhecia um dos rapazes envolvidos. A delegada informou que vai averiguar ainda quem são as pessoas nas imagens e se são maiores de idade.
— As imagens mostram que há crime. Ela tem 12 anos, o que já é estupro de vulnerável. Além disso, as imagens deixam claro que não foi consentido — afirma.
As penas de estupro de vulneráveis vão de 8 a 15 anos de prisão.
— O fundamental é que a gente localize a menina e traga ela para prestar depoimento e fazer um exame de corpo de delito — contou Juliana.
A Polícia Civil fará diligências ainda na noite desta sexta-feira para começar a esclarecer o caso, que chegou na especializada com a denúncia da tia da vítima por volta das 14h.
A tia da vítima contou na delegacia que a menina está apavorada. O local onde a jovem mora é uma comunidade dominada pelo tráfico de drogas. Ainda não há informações se os agressores que aparecem nas imagens tem ligação com outras atividades criminosas.
As filmagens foram realizadas dentro de uma casa. A menina está sendo violentada em um colchonete com lençóis e almofadas. A Polícia Civil ainda não tem informação sobre quem é o dono do imóvel ou se algum dos envolvidos mora no local. Também ainda investiga as circunstâncias que levaram a vítima e os agressores para aquele local.
Crimes pela internet
Administradores de uma página de Facebook serão chamados para depor por terem compartilhado as imagens da menor sofrendo o estupro — o que é um crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Eles podem responder por divulgação de material pornográfico envolvendo menores. A pena vai de 3 a 6 anos de reclusão. Apenas portar o vídeo no telefone celular ou em qualquer outro dispositivo também é crime com pena de 1 a 4 anos.
Qualquer informação sobre o caso pode ser encaminha à delegacia pelo número de telefone 100 ou pelo Disque-Denúncia 2253-1177.