A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes e tradicionais dos calendários judaico e cristão. O termo vem de “Pessach”, do hebraico, que significa, literalmente, “passagem”, e remonta há aproximadamente 1445 anos antes de Cristo.
A primeira Páscoa foi celebrada pelos hebreus, como eram chamados os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, na véspera de sua saída do Egito, país onde haviam vivido por mais de 400 anos, dos quais 200 anos como escravos.
Segundo a Bíblia Sagrada, a Páscoa deveria ser celebrada com um jantar familiar, onde um cordeiro seria assado e comido por todos, com pão sem fermento e ervas amargas.
O pão sem fermento aponta para a noite em que os hebreus se prepararam às pressas, pois era necessário sair rápido do Egito, e não houve tempo para fermentá-lo. As ervas amargas remetem para a vida amarga, quando escravos de Faraó.
O próprio Jesus de Nazaré, que era judeu, e um bom judeu, participou de várias celebrações pascais, até que na última Ceia, ele explicou para os seus discípulos que a partir daquele momento a Páscoa teria um novo significado: tratava-se de “uma nova passagem”, uma passagem espiritual – da morte para a vida.
Na essência da Páscoa, com toda essa simbologia, está o resgate da alma. Daí a simplicidade de tudo – do cordeiro assado que se come em pé, do pão sem fermento e das ervas amargas. É o reconhecimento da dependência do poder e da soberania de Deus, que de fato dirige o “processo da passagem”.
Viver a Páscoa é o reencontro com a humildade. A Páscoa cristã tem o “Cordeiro de Deus” morto na cruz do Calvário, em Jerusalém, para que todos tenham vida, e vida com abundância. Tem também um túmulo vazio, no domingo – com toda a carga da esperança que se renova, de que o recomeço é possível.
Enfim, Feliz Páscoa! Abençoado recomeço!
Que Deus nos abençoe, Brasil!