Rebeca leva o ouro na final de solo da ginástica artística e se torna a maior medalhista do Brasil. À frente de Simone Biles por poucos pontos, a ginasta brasileira termina as finais do esporte com seis medalhas, sendo a maior medalhista brasileira na história das olimpíadas.
Uma das maiores apostas do Brasil para a ginástica nos últimos anos, Rebeca Andrade veio às Olimpíadas de Paris para fazer história. E ela conseguiu: a atleta levou o bronze na final por equipes, a prata na final individual geral, a prata no salto, com a maior nota de execução da prova e, nesta segunda-feira, 5, depois de perder o pódio na trave, a brasileira fechou sua participação nos Jogos Olímpicos com o ouro no solo.
Ao final das Olimpíadas, o Brasil terminou com quatro medalhas para a ginástica artística — equipes (bronze), individual geral (prata), salto (prata) e solo (ouro). Com isso, Rebeca Andrade se torna a maior medalhista da histórica olímpica do país, com seis medalhas.
No solo, ao tradicional som de "Movimento da Sanfoninha", da Anitta, e "Baile de Favela", Rebeca terminou a final com nota de 14.166. Sua principal adversária, Simone Biles, cravou 14.133 no mesmo aparelho, conquistando a prata.
O ouro no solo foi ainda mais especial para Rebeca, porque pode essa pode ser sua última prova no aparelho. Com três cirurgias no joelho, a brasileira já falou em entrevistas que talvez não dispute mais o solo, que exige muito de seu corpo.
O pódio final ficou com Rebeca Andrade (ouro), Simone Biles (prata) e Jordan Chiles (bronze).
Rebeca Andrade
Rebeca entrou no solo com a mesma mescla de músicas que fez em suas demais participações, com “End of Time”, da Beyoncé, "Movimento da Sanfoninha", da Anitta, e "Baile de Favela". Vestida com um collaint azul, Rebeca cravou o primeiro salto, um Tsukahara grupado. Na segunda série de saltos, termina muito bem, sem desequilíbrios.
No quarto salto, ela faz mortais perfeitos e termina cravada. No último salto, ela consegue uma execução quase perfeita, somente com um pequeno desequilíbrio na saída, com o pé um pouco para trás. No final, ela termina a prova com uma série muito bem. A nota final foi de 14.166, medalha de ouro.
O Brasil chegou a pedir a revisão da nota da atleta, mas Rebeca teve a nota mantida.
Simone Biles
Ao som de “Ready For It?”, de Taylor Swift, e “Delresto (Echoes)”, de Travis Scott e Beyoncé, a norte-americana favorita ao ouro fez uma apresentação muito limpa. Na primeira série de mortais, Biles alcança uma altura bastante alta.
Na segunda série, Biles pisou fora do tablado, mas teve pouco desconto, devido à nota de dificuldade. Na última série de mortais, com o Biles II, ela pisou mais uma vez fora, mas cravou vários de seus saltos. Embora a dificuldade tenha sido alta, a execução foi menor com relação às suas outras apresentações. A nota final foi de
Veja as notas das ginastas no solo
Rebeca Andrade (Brasil): 14.166
OU Yushan (China): 13.000
Rina Kishi (Japão): 13.166
Ana Bărbosu (Romênia): 13.700
Alice D'Amato (Itália): 13.600
Simone Biles (EUA): 14.133
Sabrina Voinea (Romênia): 13.700
Jordan Chiles (EUA): 13.766
Quarta medalha para a conta em Paris
Com o ouro no solo, Rebeca Andrade se tornou a maior medalhista do Brasil. Na final individual geral, Rebeca garantiu a medalha de prata com notas de destaque nos quatro aparelhos. Ela ficou bastante próxima da nota final de Biles, que conquistou o ouro.
Na prova do salto, Rebeca garantiu mais uma prata e ficou, mais uma vez, muito próxima de Biles.
Na final por equipes, o Brasil terminou com o bronze, com notas altas especialmente de Rebeca, Julia Soares e Flavia Saraiva. Os Estados Unidos, muito puxados por Biles, terminaram com o ouro.