Representante do estado pediu ajuda financeira aos comerciantes de sua cidade para disputar coroa
Sabrina de Paiva, a Miss Caconde 2016, foi eleita neste sábado, dia 28, como a representante do estado e concorrerá ao título de Miss Brasil. Veja como foi!
Após passar muito bem pela fase de perguntas e respostas e ser ovacionada pelo público, ela mostrou que não é apenas uma bela mulher, desclassificou a Miss Americana (terceira colocada) e venceu a disputa com a Miss Ribeirão Preto, que ficou com o segundo lugar do concurso.
Mariana Rios e Cássio Reis capricharam nos looks para apresentar o Miss São Paulo BE Emotion 2016 |
"É uma sensação maravilhosa, de muita responsabilidade agora porque além de representar a minha cidade, eu tenho que representar o meu estado. Tudo isso para mim é muito gratificante, pode ter certeza que eu vou representar muito bem", disse emocionada.
História de superação
A modelo chegou ao Miss São Paulo BE Emotion 2016 com a ajuda da pequena cidade onde vive e disse ter feito uma "vaquinha" (leia mais aqui). Assim que foi aprovada na seletiva do concurso estadual, no início de maio, ela escreveu um "livro de ouro", contando sobre o concurso e detalhando a necessidade de patrocínio.
"Fui a todas as lojas pedindo ajuda. Em algumas, me senti desvalorizada, mas recebi muito apoio também", revelou.
Sabrina tem apenas 20 anos e está no primeiro período da faculdade de publicidade e propaganda. Se divide entre três cidades – mora em Caconde, trabalha em São José do Rio Pardo e estuda em Guaxupé.
Por coroa, miss fez vaquinha na cidade
“Saí pedindo ajuda financeira no comércio e quase todas as roupas que eu trouxe são emprestadas”, diz a estudante Sabrina de Paiva
A Miss Caconde, Sabrina de Paiva, chegou ao Miss São Paulo BE Emotion 2016 com a ajuda da pequena cidade onde vive. Assim que foi aprovada na seletiva do concurso estadual, no início de maio, ela escreveu um “livro de ouro”, contando sobre o concurso e detalhando a necessidade de patrocínio.
“Fui a todas as lojas pedindo ajuda. Em algumas, me senti desvalorizada, mas recebi muito apoio também”, conta a candidata de 20 anos, que está no primeiro período da faculdade de publicidade e propaganda e se divide entre três cidades – mora em Caconde, trabalha em São José do Rio Pardo e estuda em Guaxupé.
A maior quantia doada foi R$ 500, a menor, uma nota de R$ 5. Para conseguir o restante do valor, ela fez um empréstimo com um amigo.
O segundo capítulo da saga foi montar as malas para o confinamento. Mais uma vez, o comércio local a ajudou. “Saí pedindo pares de sapato ou descontos”, diz. “Um lojista contava para o outro, as pessoas postavam no Facebook. A cidade ficou muito unida”.
No fim, ela conseguiu trazer duas malas com roupas, calçados e acessórios. “A maioria das peças que trouxe não é minha. É tudo emprestado. Meu mesmo só um par de tênis, que consegui com um patrocinador, e maquiagem. E tem também uma legging, que um tio me ajudou a comprar. Essa bolsa aqui [da marca de luxo Louis Vuitton] é de uma amiga”, conta.
Para ela, a experiência do confinamento tem sido incomum. “Nunca tinha ficado em um hotel chique assim [as candidatas estão hospedadas no Hilton São Paulo Morumbi]. Ninguém nunca tirou o prato da mesa para mim ou me serviu suco. Eu levantava e pegava”, afirma. “Tem hora em que não acredito. Falo ‘calma, Sabrina’”.
Nesta edição, o concurso conta com duas candidatas negras, o que alegra a Miss Caconde. “Fiquei superfeliz quando vi a Miss Indaiatuba”. Ela afirma que está satisfeita com a seleção deste ano, que abraça mulheres de padrões diferentes. “Tem magrinhas, curvilíneas, morenas, loiras e negras. Para uma menina que está começando a vida, é bom poder se identificar de algum modo”.
A estudante almeja o top 5 justamente por essa razão. “Se eu ganhar, será maravilhoso. Mas ficar entre as cinco já vai ser muito bom pela visibilidade e vai promover identificação com a população negra”.
Confira os melhores momentos do concurso transmitido pela BAND.
Confira os melhores momentos do concurso transmitido pela BAND.