RIO — Daniella Sarahyba faz uma conta rápida e diz que há cinco anos não fazia uma foto "corpo". O que elevou a cotação da nova campanha da estilista Iracema Scharf, que recrutou a modelo carioca para vestir suas linhas de moda praia e fitness (o lançamento é na terça-feira, 31 de maio, no hotel Fasano, no Rio de Janeiro). Daniella diz que foi pega de surpresa.
— Não estava preparada psicologicamente — diverte-se. — Mas jogo tênis, faço balé fitness, balé contemporâneo, funcional e musculação. Faço exercícios seis vezes por semana, mas nada ao mesmo tempo. Cada dia é uma atividade diferente, durante uma hora e meia. Depois dos 30 (ela tem 31), essa questão do corpo não é tão fácil. Tenho que comer menos. Mas a mulher fica mais interessante, com uma beleza interna. Mas sempre acho que tenho que perder dois quilos. Isso nunca vai mudar — brinca ela, fã das tops Cindy Crawford e Elle Macpherson, conhecida, curiosamente, como "o corpo". — São deusas.
CARISMA ESPECIAL
Ao longo da carreira, Daniella fez fotos para a GAP, trabalhou para grifes fortes, como Carlos Miele e Cia Marítima, e apareceu nas páginas da revista "Sports Illustrated". Ela afirma que o high fashion (pense em Chanel, Dior, Prada, Valentino e Saint Laurent) nunca foi o seu forte.
— Sempre fui essa história mais de corpo, fazia muitas fotos de biquíni, lingerie e roupa de malhar — aponta a carioca, acrescentando que a moda mudou muito nos últimos anos. — Trabalha com blogueiras e celebridades. As modelos perderam espaço para as famosas nas capas de revistas. Se bem que eu era uma modelo-celebridade no Brasil. Não sei o porquê. Talvez eu tivesse um carisma especial e as pessoas também acompanharam o meu crescimento e todas as minhas fases. Comecei aos 12 anos.
'NUNCA SONHEI SER MODELO PARA SEMPRE'
Filha de uma ex-modelo (Mara Lúcia Sarahyba) e casada com o empresário Wolff Klabin, Daniella entrega que não mostra para as filhas (Gabriela, 5, e Rafaela, 2) seus trabalhos:
— Nunca mostrei minhas capas de revistas. Não quero alimentar esse sonho. Também não levo as meninas para o trabalho. Quero que elas estudem, sejam pessoas de bem. Participo da vida delas. É muito gostoso. Nunca sonhei ser modelo para sempre. Sou feliz e realizada com a minha família. Tenho meus projetos sociais. Isso é o mais importante.
Daniella, entretanto, não descarta fazer um retorno às passarelas:
— Dependendo da proposta e do cliente...