Na Idade Média, os cavaleiros iam lutar colocavam um cinto de castidade em suas mulheres, para garantir que ela não estava com outro homem, então elas tinham que ficar até que o marido voltasse com a chave e o tirasse, o que poderia ser meses ou anos.
Se você está pensando como se lavavam, não se preocupe, naquela época ninguém se lavava, nem mesmo no dia do casamento, aliás, o buquê da noiva começou daí, elas levavam para que o aroma das flores escondendo o mau cheiro das partes íntimas.
Mau cheiro na 'pepeka', quais os cuidados?
Mas, até hoje muitas mulheres tem problemas com mau cheiro na pepeka, algumas sim, por desleixo, outras por problemas de saúde, onde a Dra. Roberta Gomes irá dicas importantíssimas, assista abaixo:
"Hoje me deu uma saudade absurda de um tempo que, em minha cabeça, foi ontem. Mas, para ser honesta, preciso reconhecer que já se passaram alguns longos anos. Rodei a agenda do celular e vi tanta gente querida, tantos rostos que amo, mas sem novas mensagens. Sem novas motivações para retomar laços que o tempo desfez e agora, ah, agora restam só as fitas. Principalmente aquelas que guardam boas lembranças.
Envelhecer, amadurecer, crescer é um tanto quanto triste. As responsabilidades aumentam, a obrigação de dar certo, e, com tantos chamados da vida, acabamos deixando no silencioso algumas amizades. É triste, mas é real. Certos encontros acabam ficando para um depois que nunca chega. Para uma hora que nunca vem. Jurados em diversos – vamos marcar – que não deixam novas marcas. Só esperanças.
Confesso que tenho me tornado um tanto quanto solitária, mas não por opção. Parece que a vida veio me impondo isso ao longo dos tempos e eu, por puro comodismo, fui aceitando. Engolindo a seco os momentos que queria gritar e não tinha sequer um ouvido emprestado. Restando apenas as palavras que rabisco e prometo para mim mesma que ninguém jamais vai ler. Mergulho no oceano infinito do meu quarto, na noite silenciosa onde todos deitam e dorme, e uso o meu colchão de bote salva-vidas para não afundar em mim. Em pensamentos. Em lágrimas que rolam sem que eu decida se enxugo ou deixo cair.
Hoje me deu uma saudade absurda de um tempo que, em minha cabeça, foi ontem. Sobretudo das risadas. Como eram boas as risadas. Aos montes, sem pudor, sem vergonha, com os dentes saltando da boca e o pensamento despreocupado de quem tinha a vida ganha.
Jovens. Quando somos mais novos, somos infinitos. Depois, acabamos todos passando a ter prazo de validade. Ou, pior, somos todos despreocupados. Depois, ocupados demais para lembrar que o amanhã não depende da gente.
Envelhecer, amadurecer, crescer é um tanto quanto triste. Agendas lotadas, tanto de reuniões quanto de contatos, mas nenhum contato físico, de fato. Tudo fica para depois. Para o próximo fim de semana. Isso se eu não estiver cansada demais e achar que um pijama e meu celular me farão melhor companhia. É triste, mas é real. Certos encontros acabam ficando para um depois que nunca chega."
Mas o que fizeste, Francisco? Você partiu sem perceber a confusão que fez, o que começou, o fogo que provocou.
Sim, porque na minha vida de fé tudo estava relativamente bem antes de você chegar. Antes de, há pouco mais de 12 anos, vestires essa túnica branca e tomares pelo nome esse nome que agora ecoa por todos os lados: “Francisco, o Papa dos Marginalizados”.
O que fizeste, Francisco? Você me pediu para sair desse cristianismo confortável, mole e quente. Daquele que se deixa sozinho para os domingos no templo, do qual se contenta em pendurar um crucifixo ou um rosário, do qual fica em rezas mas não se torna vida.
O que fizeste, Francisco? Não só a mim, mas a milhares de pessoas que agora questionamos se estávamos realmente vivendo nossa fé católica ou apenas lavando nossas consciências. Porque com o que fizeste, Francisco, tiraste-me a paz, a tranquilidade de uma alma dormente pelo conforto, e pediste-me para virar o mundo, não a minha bolha, mas o mundo real.
O que fizeste, Francisco? Você não só abraçou os doentes, como os olhou nos olhos, não teve medo de tocá-los, de amá-los, de entrar na vida deles. E com isso, você não só lhes deu alívio, como lhes devolveu a dignidade. Comeste com os sem-abrigo, convidaste-os para a tua mesa, fizeste-os sentir em casa. E com isso você me pediu para fazer o mesmo. Que não basta dar umas moedas se não sou capaz de lhes dar um sorriso, uma palavra, um carinho.
O que fizeste, Francisco? Você foi às prisões, aos abrigos de migrantes lavar os pés deles, não perguntou qual era o crime ou a religião deles. Você não se importou se eles eram muçulmanos, hindus ou não crentes. Para você todos eram filhos de Deus e reflexo de seu filho Jesus Cristo. Agora eu tenho que parar nos cruzeiros e semáforos da minha cidade. Procurando esses irmãos, abrindo a janela do meu carro e do meu coração. Ajudá-los a comer alguma coisa, mas acima de tudo, dar-lhes a oportunidade de se sentirem acolhidos, de que os meus irmãos se conhecem.
O que fizeste, Francisco? Você beijou os pés de líderes africanos que eram inimigos uns aos outros para implorar que se perdoassem e vivessem em paz. Mesmo depois do seu funeral, você conseguiu o milagre dos poderosos do mundo se sentarem na Basílica de São Pedro para dialogar para acabar com a loucura da guerra. E então como posso guardar orgulho ou rancor no meu coração contra os meus inimigos? Como posso não dar o primeiro passo para aqueles com quem estou distanciado? Por que me obrigas a render o meu orgulho, a baixar a minha soberba e a pedir perdão?
O que fizeste, Francisco? Você escreveu um livro chamado "O nome de Deus é Misericórdia". E eu que pensava que se chamava "Justiça". E por isso mesmo, você não teve medo de se reunir com aqueles que são diferentes, que são apontados pelo "escândalo" de suas vidas e condenados por "seu pecado". Você abriu a porta da Igreja e do seu coração para aqueles “pecadores públicos”. Gays, lésbicas, transexuais e prostitutos! No que estavas a pensar, Francisco? Ou melhor, em quem estavas a pensar? Você me lembrou que a única diferença entre eles e eu é que eles são notados o seu pecado, e eu escondo os meus para me sentir bom, para me acreditar digno, para me disfarçar daqueles a quem Jesus os sentenciou: "Quem estiver livre de pecado, que atire a primeira pedra”.
O que fizeste, Francisco? Você deixou as crianças brincarem e fazerem escândalos nas suas audiências. Assistia-os divertidos enquanto os outros ficavam desconfortáveis e riam nervosos. Você percebe, Francisco? Agora como eu posso olhar com desaprovação para os pais que levam seus filhos para as comemorações e não conseguem controlá-los? Como posso negar com a cabeça quando vejo um pequeno deitado no chão da igreja brincando no templo? Que escândalo, Francisco! Que escândalo!
O que fizeste, Francisco? Enquanto artistas, atletas, influenciadores e outras celebridades exibiam seus luxos, sua beleza, seus corpos e eram capazes de tudo para ter milhares de seguidores ou encher estádios, você, na sua cadeira de rodas, reuniu 7 milhões de pessoas nas Filipinas e 1,5 milhões de jovens em Lisboa só para lhes pedir que não te seguissem, mas que levantassem os olhos para o único que merece honra, poder e glória. O único que vale a pena seguir. Aquele que te escolheu como seu vigário.
O que fizeste, Francisco? Você trabalhou até os 88 anos e literalmente até o último dia da sua vida. Você não seguiu o conselho dos médicos que lhe pediram para descansar, tirar férias, cuidar da sua saúde e da sua vida. Eles não sabiam que a tua missão era exatamente o oposto. Entregue-se, desgaste-se, ofereça até o último suspiro da sua vida assim como o seu Mestre. Você me ensinou que no serviço ao Senhor não existem aposentadorias, nem planos de pensão, e que a única recompensa é o privilégio de nos conhecer pobres trabalhadores do seu Reino.
O que fizeste, Francisco por todos nós e pelo mundo foi mostrar apenas o amor de Cristo Jesus
Ela atende vítimas de estupro no IML, de bebês de dias a senhora de 80 anos
Em mais de 15 anos como médica legista do IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo, aconteceu uma vez de Mariana da Silva Ferreira (46), pensar em desistir. Foi depois de atender, em 2011, uma menina de três anos com a fralda encharcada de sangue. Ela tinha que fazer um laudo pericial para dizer se havia indícios de estupro. "A criança tinha lesões genitais tão graves que, quando vi a situação, meu mundo caiu. Fui para o banheiro chorar." A menina havia sido violentada pelo vizinho de porta da família, uma pessoa a quem a mãe confiava a filha quando precisava sair de casa.
"Pensei comigo: 'Chega, não volto mais'." Fez uma carta de exoneração e apresentou à direção do IML. Estava prestes a deixar o cargo, mas uma pergunta insistia em ecoar na sua cabeça: "Por que tanta criança?". Queria saber por que a maioria das vítimas que atendia tinham menos de 12 anos. Desistiu de desistir. Encontrar uma resposta se tornou sua obsessão.
Começou a tratar as pacientes "como pessoas, não como casos", colocou adesivos da Turma da Mônica na sala de perícia e passou a distribuir balões, anéis de plástico, "como os de festa infantil", e pirulitos aos pequenos. E fundou uma entidade para prevenção da violência sexual, a Pródigs, por meio da qual dá palestras e cursos de capacitação e divulga material informativo. Também criou, no primeiro semestre de 2019, um curso de mesmo tema na Academia de Polícia Civil de São Paulo — é a primeira vez que a instituição trata do assunto no treinamento dos policiais do estado.
Nesses dez anos, contabiliza 4.000 perícias de sexologia forense. A paciente mais jovem tinha sete dias de vida. Em uma mesma semana, chegou a atender um bebê de seis meses e uma senhora de 80 anos, ambas vítimas de estupro. "É um trabalho que me faz por em xeque a fé nas pessoas porque está na minha mão, para eu examinar, o resultado do pior que um ser humano pode fazer."
No IML em que trabalha, situado no Hospital Pérola Byington, na capital paulista, trabalha 40 horas semanais, intercalando plantões. Atende muitas garotas violentadas sexualmente por pais e padrastos, lida com familiares negligentes e pericia mulheres arrasadas por violações de todo tipo. Afirma que a porcentagem de pacientes do sexo feminino segue os números das pesquisas sobre estupros: cerca de 70% a 80% dos casos.
"Como você consegue?", é a pergunta que mais escuta. "É como diz o dependente químico: um dia de cada vez", responde. E, ao lembrar que seu incômodo não chega aos pés da devastação que um estupro faz na vida de uma vítima, dá sentido ao seu trabalho: "Se entrou comigo, é a pessoa mais importante do mundo naquele momento. É a minha maneira de ajudá-las".
Estupro de crianças: uma epidemia brasileira
O Brasil vive uma trágica epidemia de violência sexual contra menores. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2019, uma menina de até 13 anos é estuprada a cada 15 minutos. Um estudo inédito do Instituto Sou da Paz que será divulgado nos próximos dias mostra que, enquanto estupros em geral caíram 2,5% no primeiro semestre de 2019 em relação ao mesmo período de 2018, os registros do crime contra vulneráveis (menores de 14) subiram 1%.
Apesar dos dados e de conviver diariamente com a realidade chocante que os números representam, Mariana consegue ter seu lado otimista. "Acho que estamos em um momento de transição: apesar de haver muitos casos, vejo mais abertura para discutir o assunto e menos tolerância das pessoas aos crimes", diz. "O curso que dou na Academia de Polícia, por exemplo, não existiria há alguns anos. Não era um tema para o qual se dava atenção."
Pela Pródigs, ela conta, já deu palestras em salão de prédio, escola, universidade e igreja. "Tem muita gente querendo aprender. Depois das aulas, sempre recebo mensagens e emails dizendo: 'Conseguimos denunciar, o agressor foi preso'."
"Quando Damares assumiu, pensei que teria potencial em relação à prevenção"
Mariana tinha esperança de que, ao assumir o cargo, a ministra Damares Alves, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, pudesse apresentar propostas para resolver o problema. "Vi o depoimento dela contando que também foi abusada, é chocante. Pensei que, por já ter vivido isso, seu governo teria muito potencial em relação à prevenção."
Mas o que observou foi não só a falta de políticas públicas voltadas ao tema, como também um projeto que poderia piorar ainda mais a situação das vítimas e que se perpetuam até hoje (2025). "Quando soube da notícia do ensino domiciliar, aquilo me arrepiou inteira. A maioria dos abusos acontece dentro de casa, todas as estatísticas provam isso. Então é deixar a criança à mercê do abusador."
Pais estupram, mães são negligentes: quem mais denuncia é a escola
Pais, padrastos, tios, avôs e amigos da família são, na maioria das vezes, os autores da agressão. A mãe que vê isso vai direto denunciar, certo? Não, pelo contrário. Mariana explica que percebe resistência para que o tema saia do seio familiar. "A família prefere esconder e resolver entre eles, é como se denunciar fosse trazer uma vergonha para todos. Escuto muito que não querem expor o cara nem destruir a família", diz. "Aí pergunto: que família?"
Certa vez, conta, recebeu três garotas, entre 7 e 15 anos, encaminhadas para perícia durante investigação após uma denúncia anônima. Sobre a de 15, a mãe disse: "Ela já é grande, sabia o que estava fazendo". Os abusos aconteciam há meses, e tanto mãe quanto avó sabiam que o pai estuprou as três filhas por dois anos.
A partir da própria experiência, Mariana vê na escola a chave para combater a violência sexual infantil. "A criança passa tempo lá, os professores conhecem o comportamento dela e podem notar mudanças, veem um desenho, têm tempo para conversar", diz. "Por isso, é tão importante falar de sexualidade infantil em sala de aula."
Educação sexual é ensinar a criança a fazer sexo?
"Quando falamos de sexualidade infantil, logo associam com ensinar a criança a ter relações sexuais. Não tem nada a ver", diz a médica. "Educação sexual é explicar que a região íntima é uma parte do corpo onde ninguém pode fazer carinho, um adulto não pode passar a mão nem colocar a boca e, se isso acontecer, precisa contar para a mamãe."
Pós-graduada em sexualidade humana pela USP (Universidade de São Paulo), o que lhe dá o título de sexóloga, Mariana usa as táticas de conversa dentro de casa. "Esses dias um dos meus filhos veio me dizer que 'brincaram' com o 'pipi' dele na escola. Fiquei nervosa na hora. Aí ele falou que foi uma amiguinha da mesma idade. Graças a Deus! Percebi que o pedido de que ele me contasse se alguém tocasse nele estava dando certo."
Mariana diz ainda que há, sim, um prazer em tocar os órgãos sexuais por parte dos pequenos. "Mas não é o prazer sexual. Costumo relacionar com colocar cotonete no ouvido: é uma sensação gostosa, que não tem a ver com sexo."
"Laudo negativo não é prova de que não houve estupro"
A médica conta como fica aflita em casos em que o laudo pericial dá negativo, ou seja, quando não há nenhuma marca física que prove o crime. Em muitas investigações, não há preocupação em colher outras provas, e a perícia acaba sendo decisiva.
O problema, diz, é que estupradores de menores seguem um padrão: os primeiros abusos não costumam deixar lesões. "Começam com passadas de mão, sexo oral. No geral, eles não deixam lesões, pois sabem que serão pegos", diz.
Para explicar melhor o problema, ela relembra um de seus casos. "Uma garota de 21 anos chegou aqui contando que era estuprada desde os seis pelo padrasto. Ainda criança, depois de uma denúncia anônima, passou por uma perícia, que deu negativa. O caso foi arquivado", diz. "O padrasto pegou uma cópia do laudo e a garota dizia lembrar dele balançando o documento no rosto dela: 'Viu? Deu negativo. Agora você vai virar a mulher da casa'. Foi quando começaram as penetrações."
Aos 12, a garota fugiu de casa. E, aos 21, fez a denúncia porque ficou sabendo que o mesmo homem, agora, estava abusando das sobrinhas.
Estuprador de criança não é monstro nem doente Mariana é taxativa: quem violenta uma criança não é um "monstro", como se costuma falar. "São pessoas agradáveis, de quem todos gostam, e tem uma imagem positiva na comunidade", diz.
Ela ainda explica que abusadores não são, necessariamente, pedófilos, como dita o senso comum. "Apenas 20% dos agressores têm diagnóstico da doença. Dizer que é um doente é fazê-lo se beneficiar legalmente", afirma, referindo-se à possibilidade de pessoas com doenças mentais serem consideradas inimputáveis, ou seja, não poderem ser punidas criminalmente.
"Denuncie. Se não der em nada, denuncie de novo. E de novo"
Há algumas maneiras de denunciar um abuso infantil. Uma delas é o Disque 100. O número do governo federal é um canal que recebe denúncias anônimas e repassa a órgãos competentes, como conselhos tutelares e Ministério Público. Também é possível procurar diretamente o conselho tutelar local ou qualquer delegacia.
"Já escutei de vítimas adultas violentadas na infância: 'Todo mundo sabia, e ninguém fez nada'. É triste demais", diz Mariana. "Por isso, minha orientação é: denuncie. Tem gente que diz que não dá em nada, mas eu respondo: denuncie de novo e de novo. Não pare de denunciar. Quem se omite também comete um abuso."
Quando aprendi que nada é para sempre, comecei a me demorar mais nos abraços.
Quando aprendi que nada é para sempre, entendi que as coisas boas e ruins vão passar e escorrer pelos meu dedos sem eu me dar conta.
Quando aprendi que nada é para sempre, assim como o girassol vai em direção ao sol, eu também devo ir de encontro a luz.
Quando aprendi que nada é para sempre, parei de perder meu tempo com quem não me merece e passei a valorizar as pessoas que aos pouquinhos vão se tornando incríveis para o meu coração.
Uma mulher bem resolvida não visa bens materiais...
Ela só quer seu tempo...
seu respeito...
seu esforço...
seu Amor e vontade de ser colocada em primeiro lugar!!!