Repórter foragida é apontada como pombo-correio do PCC
Informações eram escritas nos seios da mulher
Luana Don, que chegou a ser repórter de um programa de entretenimento, está foragida e é suspeita de envolvimento com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Além de repórter e modelo, a moça também é advogada e estaria ligada a um esquema de facilitação de informação privilegiada para os criminosos.
A modelo realizava visitas no presídio de Presidente Venceslau, conhecido por abrigar o conselho da facção criminosa. Entre os presos, estão Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado um dos maiores traficantes do país. Para driblar os policiais, Luana utilizava uma técnica "inusitada". Escrevia mensagens nos seios, que não eram descobertas durante as revistas.
De acordo com informações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MP), pelo menos 39 advogados estão ligados ao esquema. Cinco deles se encontram foragidos.
A repórter, porém, parece não temer as investigações. Luana chegou a dizer para a polícia que não iria se entregar, pois não teria relação com o caso. Mas a PF afirma já ter provas contra a modelo.
Os advogados ligados à rede de facilitação recebiam até R$ 3 milhões por ano, além de uma mesada de R$ 5 mil reais. O vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos também integrava o sistema, mas acabou preso.