RIO - Quando, em setembro do ano passado, o Musée d’Orsay inaugurou a exposição “Splendeurs et misères. Images de la prostitution, 1850-1910”, ficou claro que o boudoir não era dessas tendências de moda que vêm e se vão em poucos meses. De olho nos anos 90, os designers se voltaram para o maior ícone da moda da época, a modelo inglesa Kate Moss.
Logo após o estouro do visual heroin chic e de sua ascensão ao posto de top número um do mundo, a jovem Kate era flagrada vestindo slip dresses — nada mais do que uma versão para as ruas das camisolas de seda e de cetim. Design muito simples com efeito tremendamente sexy. Kate sempre soube das coisas.
A roupa de baixo aparece com força nas coleções para o verão europeu e também para o inverno brasileiro. E é uma aposta que a moda deve levar por mais uma temporada. Os vestidos são de seda com bordados ricamente trabalhados. Os robes são de veludo, as transparências escondem pouco.
Mas o boudoir não é apenas a roupa escolhida para seduzir. Cate Blanchett, por exemplo, circulou por Londres usando um macacão branco da Givenchy que remetia a antigos pijamas de seda. É o conforto sofisticado. No Oscar, a atriz Jennifer Lawrence vestiu um longo Dior que unia uma imagem sexy e atual ao glamour da Old Hollywood.
A graça da versão 2016 do boudoir está em suas possibilidades: você pode querer seduzir. Mas pode também vestir uma camisola e sair por aí.
Coordenação: Coordenação e texto: Renata Izaal. Edição de Moda: Bebel Moraes. Beleza: Vini Kilesse. Modelo: Isabela Eing (Ford) e Jonathan Sampaio (Central Models Portugal). Assistente de fotos: Darwin Campos. Vídeo: Orlando Avila. Agradecimentos: Pestana Palace Lisboa.
