Foi PERLA que nos recebeu e mostrou a POUSADA nos seus mínimos detalhes.
quarta-feira, 23 de março de 2011
FILHOS DO SOL - A mais nova (e linda) Pousada de Maricá
Foi PERLA que nos recebeu e mostrou a POUSADA nos seus mínimos detalhes.
segunda-feira, 21 de março de 2011
BIA FIGUEIREDO NA INDY 2011
Por Redação - esporte@eband.com.br
“Para mim é uma felicidade muito grande. Disputar um campeonato inteiro da Indy é tudo que eu sempre quis, como piloto e como pessoa”, comentou Bia em seu site oficial.
Em 2010, também pela Dreyer & Reinbold, a brasileira conseguiu patrocínio para disputar apenas quatro das 17 provas da temporada. Entre elas, a São Paulo Indy 300, que foi sua corrida de estreia na categoria.
“As quatro corridas do ano passado foram muito importantes, nos deram muita abertura. O André Ribeiro e o Augusto Cesário, gestores da minha carreira, e eu trabalhamos duramente no projeto para viabilizar o campeonato de 2011. E construímos um ótimo relacionamento com a Dreyer & Reinbold”, relata a pilota.
Além da prova em São Paulo, Bia se tornou a primeira brasileira a correr as 500 Milhas de Indianápolis, principal etapa da categoria. Ainda foi convidada pela equipe para substituir Mike Conway nas provas de Chicago e Miami.
Nesta temporada, Bia correrá com o carro de número 24. Ela já está em Indianápolis, onde fica a sede da equipe, faz os ajustes finais para o início dos testes, que acontecerá nos dias 9 e 10, em Sebring, na Flórida, Estados Unidos. Depois, Bia irá para o Alabama fazer os treinos coletivos, no Barber Motorsports Park, em 14 e 15 de março.
“Minhas expectativas são ótimas. A equipe está muito animada, tenho um excelente companheiro, o Justin Wilson, um piloto muito experiente. Aprenderei muito com ele. Vou levar toda a minha dedicação e paixão para conseguir bons resultados”, finalizou Bia.
No ano passado (2010), Bia estreou em São Paulo na Indy (no ano anterior brilhou na Indy Lights). A manchete da corrida foi a seguinte:
Brasileira é o principal destaque entre os estreantes da categoria norte-americana em 2010
A grande sensação da abertura do campeonato de Fórmula Indy 2010 em São Paulo - com a SP Indy 300 - vem sendo a piloto Bia Figueiredo. Aos 24 anos de idade, ela colocará seu nome na história do automobilismo nacional no próximo sábado (13), quando, ao entrar na pista para o primeiro treino livre da categoria, vai se tornar oficialmente a primeira brasileira a competir em uma categoria top do automobilismo internacional. Um marco do qual a Corsa, principal fabricante de equipamentos de segurança para pilotos no Brasil, será parceira.
Para a corrida no circuito de rua do Anhembi, na capital paulista, Bia Figueiredo - ou Ana Beatriz, como ficou conhecida nos Estados Unidos - usará um macacão da Corsa desenhado por Paulo Gandolfo, especialista em design de capacetes e vestimentas, e Orlando Sgarbi, diretor da Corsa. "É uma enorme honra estar ao lado da Bia nesse momento tão importante da carreira dela e também por nossa marca estar representada em uma das maiores categorias de automobilismo do mundo", destaca Orlando Sgarbi. "Acho que esse é o grande reconhecimento por todo o trabalho e desenvolvimento que fazemos para oferecer qualidade máxima nos nossos produtos", completou.
Na última semana, Bia Figueiredo foi destaque de capa da revista Veja em sua edição específica para São Paulo. Na foto, com o sambódromo do Anhembi ao fundo, ela aparece vestindo o macacão desenvolvido pela Corsa. Além de toda a linha de segurança - como macacões, luvas e sapatilhas, por exemplo - a empresa paulista também é representante de marcas como a do protetor cervical Hans Device e dos capacetes Bell.
23 anos de mercado - A Corsa Comercial Ltda. completou em outubro de 2009, 23 anos de atuação no mercado. Fundada em 1986, produziu o primeiro macacão antichamas comercializado no Brasil em 1987, e foi a primeira empresa nacional a homologar equipamentos de proteção junto à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e Comissão Internacional de Kart (CIK). Atualmente, a Corsa é líder no mercado brasileiro de vestuário para pilotos e já foi parceira de grandes nomes do automobilismo nacional como Tony Kanaan, Hélio Castroneves, Felipe Giaffone, Cacá Bueno e Ingo Hoffmann.
Bia também foi a primeira mulher a disputar as 500 milhas de Indianápolis. Antes da prova, na véspera do Pole Day, Bia deu esta entrevista ao GE Net.
GE.Net: Como foi ser a primeira piloto brasileira na Fórmula Indy e qual a sensação de poder ser a primeira a disputar as 500 milhas de Indianápolis.
Bia Figueiredo: É uma grande honra para mim. Fiquei muito feliz quando acertamos com os meus patrocinadores para disputar as 500 Milhas e meu foco total aqui em Indianápolis está no trabalho de preparação com a equipe, para termos a melhor performance possível.
GE.Net: Após correr a SP 300 e ser escalada para Indianápolis, você acha que sua escuderia (Dreyer e Reinbold) vai prolongar seu contrato?
Bia Figueiredo: Mesmo que eu ganhe as 500 Milhas de Indianápolis não correrei o resto desta temporada. Nossa preparação estará concentrada para a temporada de 2011, quando quero ter a chance de disputar o título de "Estreante do Ano".
GE.Net: Até que ponto você foi influenciada pelas 'precursoras' Danica Patrick e Sarah Fisher? Foram elas que abriram as portas para o sexo feminino na categoria?
Bia Figueiredo: Corro há 17 anos e quando comecei não existia nenhuma piloto em destaque no automobilismo mundial. Sem dúvida, a Danica Patrick e a Sarah Fisher abriram portas para mulheres na categoria.
GE.Net: O Brasil já venceu seis vezes as 500 Milhas (em três oportunidades com Hélio Castroneves, duas com Emerson Fittipaldi e uma com Gil de Ferran). Você acha que algum piloto brasileiro tem chances de conquistar a primeira colocação em 2010?
Bia Figueiredo: Torço para que um brasileiro seja um vencedor, sim. Os que têm mais chances são o Helio Castroneves, tricampeão da prova, e o Tony Kanaan, que luta pela sua primeira conquista nessa corrida.
GE.Net: Como você analisa o nível de 'categorias trampolim' como a Fórmula Renault, a Fórmula 3 e a própria Indy Ligths? No início de sua carreira houve preconceito?
Bia Figueiredo: A Fórmula Renault e a Fórmula 3 me deram uma base muito boa. Acho que todo piloto deveria fazer pelo menos dois anos de categorias de fórmula no Brasil para ganhar experiência antes de ir para a Europa ou Estados Unidos. A experiência que ganhei com a Equipe Cesário Fórmula nessas categorias foi essencial para o meu crescimento. O começo é sempre mais difícil, mas fui ganhando respeito com o tempo e com minhas vitórias. O Brasil melhorou muito, mas o povo brasileiro continua um pouco machista, sim.
GE.Net: Qual foi a sensação de correr SP Indy 300 em sua terra natal?
Bia Figueiredo: Foi o máximo. Eu me senti em casa e muito feliz por estar perto das pessoas que mais me ajudaram para chegar até a Fórmula Indy. A receptividade do público foi maravilhosa, os fãs vibraram o tempo todo e nem quando a chuva interrompeu a corrida por um tempo eles foram embora.
GE.Net: Após a cisão com a CART (atual Champ), a Fórmula Indy teve apenas um campeão brasileiro: Tony Kanaan, em 2004 (considerando os anos anteriores quando a categoria era unificada, o Brasil tem o título de Emerson Fittipaldi, em 1989 e Gil de Ferran em 2001). Você acha que o país tem chance de conquistar a primeira colocação nesta temporada?
Bia Figueiredo: Claro que tem. O Tony e o Helio estão sempre brigando pelo título, mas sem dúvida a categoria tem ficado mais competitiva a cada ano. Os dois estão nas melhores equipes e se fizerem um campeonato regular, com muitos pódios e vitórias, têm grandes chances de levar a taça.
GE.Net: Raphael Matos foi o 'estreante do ano' em 2009. Você, que já correu com ele, acha que ele é o futuro do Brasil na Fórmula Indy?
Bia Figueiredo: Sem dúvida o Raphael Matos é um grande talento. Brigamos pelo titulo da Firestone Indy Lights em 2008, quando ele foi campeão. Acredito que eleseja um dos futuros brasileiros campeões da Fórmula Indy.
GE.Net: Quais são seus favoritos para a temporada de 2010? O australiano Will Power, líder do campeonato com duas vitórias e 190 pontos, já é o alvo a ser batido?
Bia Figueiredo: Não tenho favoritos. O título deve ser decidido entre as equipes Penske, Ganassi e Andretti. O Will Power mostrou grande força nos circuitos mistos e de rua, mas nos circuitos ovais é uma incógnita. O campeão da temporada tem que ser competitivo em todos os tipos de circuitos.
GE.Net: Você tem amizade com os outros brasileiros? Você se espelha em algum deles?
Bia Figueiredo: Falo com todos os pilotos brasileiros. Eu me espelho em todos, mas o Helio Castroneves e o Tony Kanaan são os pilotos mais vitoriosos na Indy e são grandes campeões.
GE.Net: O que você acha da volta por cima de Castroneves, que enfrentou problemas com o Fisco Norte-americano, em 2008?
Bia Figueiredo: O Helio conseguiu dar a volta por cima. Comprovou-se que ele era inocente e ele venceu pela terceira vez as 500 Milhas de Indianápolis logo depois. (Castroneves venceu o famoso circuito oval em 2001, 2002 e 2009).
GE.Net: Você pretende, um dia, correr a Fórmula 1? Quais são as principais diferenças entre as duas categorias? Você tem apenas 25 anos, quais são seus planos?
Bia Figueiredo: Meus planos hoje são me estabelecer e evoluir na Fórmula Indy. Amo correr nos Estados Unidos e gostaria de fazer uma grande carreira aqui. Mas como sou apaixonada por carros, se chegasse uma proposta da Fórmula 1 eu iria analisar com carinho. A Fórmula Indy é mais focada na competição e no show. Os carros são iguais e só muda o acerto deles. A Fórmula 1 é puro desenvolvimento, e às vezes o show fica de lado, pois a diferença de equipamentos é muito grande.
GE.Net: Por falar em F-1, quem você acha que levará o título desta temporada? Como você vê a volta do heptacampeão Michael Schumacher?
Bia Figueiredo: Acho que o titulo será decidido entre o Sebastian Vettel, o Lewis Hamilton, o Jenson Button e o Fernando Alonso. Torço para que o Felipe Massa entre nessa briga também. Adorei que o Michael Schumacher voltou e, apesar das dificuldades iniciais, acredito que ele vá vencer uma corrida esse ano.
GE.Net: E por que você acha que a principal categoria do mundo não tem uma mulher sentada em um cockpit? (A Fórmula 1 já teve experiências, contudo nenhuma conquistou grandes resultados. A última foi a italiana Gioavanna Amati, em 1992)
Bia Figueiredo: A Fórmula 1 quer uma mulher, mas não está preparada para receber essa mulher. Há poucas mulheres nas categorias de base europeias, então são poucas as chances para as mulheres tentarem chegar lá. O europeu ainda tem uma cabeça muito fechada e um pouco machista também. Por que a McLaren não investe em uma mulher como investiram no Lewis Hamilton desde o kart? Isso é fundamental.
No final do ano, na tradicional disputa de karts na fazenda de Felipe Massa, Bia superou todos os grandões da Fórmula Indy e Fórmula 1 e venceu a segunda bateria da competição, ficando em segundo lugar no geral da competição com o mesmo número de pontos do primeiro (Rubens Barrichello).
FABIANA SANMARTINI - BELEZA MADURA
Agora que já conhecemos que Fabiana se apresentou, vamos bater um papo com ela.
CULTURARTEEN: Fabiana, como você está vivendo os seus 42 anos de vida?
FABIANA: Fico feliz e orgulhosa de fazer parte desta matéria e vou procurar responder as perguntas do Culturarteen. Primeiro queria dizer que se soubesse que os 40 anos não seriam um bicho papão, a ansiedade não teria feito parte da minha vida durante o ano em que tive 39. Hoje com 42, mantenho minha cabeça em ordem com muito mais facilidade do que quando tinha 25, por exemplo.
CULTURARTEEN: Como você vive? Você é disciplinada ou dança conforme a música?
FABIANA: Minha Fé, Família e trabalhar no que gosto me mantém sã. Acredito realmente que ninguém é feliz fazendo nada, absolutamente, nada, sem paixão real. Aprendi a pintar cedo. Com meu Pai conheci a intimidade, não só com as letras, mas também com pincéis, luz e cor. A tatuagem veio daí, a primeira que fiz tem 23 anos ficou por anos em um papel amassada na carteira. Um desenho rabiscado sem pretensão. Contei e conto com alguns amigos neste trajeto. A arte evolui como qualquer ciência, o estudo é permanente, sempre estamos aprendendo. O Mehendi Tattoo, nosso estúdio, foi a realização de um sonho. Como tudo em minha vida, também no trabalho, estamos em família. Minha Filha organiza as agendas e faz quase toda parte burocrática, isso acontece à tarde já que ela estuda pela manhã. Meu marido, também desenha e é responsável pelas tattoos mais realistas e é mesmo excelente no preto e branco. Eu fico e prefiro a loucura das cores (risos).
Minha orientadora espiritual é além de tudo, minha irmã e amiga, isso também facilita o percurso do alto conhecimento.
A vida não caminha sem Fé. E eu acredito que o Natural compactua a meu favor, o Sol, a Lua, as brisas e marés. Faço parte de um Todo que se chama Universo e preciso me manter conectada a Terra.
CULTURARTEEN: Então em sua vida a disciplina é fundamental, mas você já havia me confidenciado que não é disciplinado no quesito academia, embora você a frequente.
Como é isso? Você pratica algum esporte?
FABIANA: Como já disse não tenho disciplina suficiente para academia regular, apesar de me preocupar em levar uma vida saudável. Fiz alguns anos de Luta Livre e hoje pratico Muay Tai na Academia da Lagoa.
Meu Instrutor, Glauber Junior, além de exigente é amigo. Resumindo, minha cabeça e corpo são abençoados e cuidados por pessoas que não me deixam vacilar, nem quando a rotina puxada de trabalho exige um pouco mais de mim.
CULTURARTEEN: Você é biologicamente e literalmente um MULHERÃO. Como você cuida do seu corpão?
FABIANA: É realmente acho que sou um mulherão. Não como quando tinha 18, nem como quando tinha 20 e poucos ou 30. A beleza amadurece com a gente. Brinquei de boneca, soltei pipa, andei e ando descalça.
Minha adolescência vivi intensamente, afinal era a década de 80. Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho. Namorei no cinema, me apaixonei e “desapaixonei” ao som de Kid Abelha... Enfim, tudo isso me fez chegar aqui curtindo os 40. Acho que também vou curtir os 50, 60...
Até quando me for permitido estar aqui.
CULTURARTEEN: Qual a sua alimentação?
FABIANA: Comida... comida... Gosto de absolutamente TUDO. Desde as comidinhas leves como rabada, feijoada e mocotó... até as mais pesadas como saladas e caldinhos (muitos risos).
Em família qualquer problema se resolve com uma conversa em volta da panela de brigadeiro. No verão frutas geladas e MUITO mate.
Depois de comer assim, só muito samba, suor e cerveja. (mais risos).
CULTURARTEEN: Para finalizar este primeiro papo, qual a mensagem que você deixa para os nossos jovens e para os nossos leitores?
FABIANA: Se é que conselho é bom, diria aos jovens de todas as idades para viverem a idade que tem, sem pressa. A Terra gira na mesma velocidade há anos e a despeito do descuido continua LINDA! Passou por todas as eras, uma por vez.
Então plagiando Fabio Jr. “Quero saber bem mais que os meus 40 e poucos anos”. Beijos !!!
A DIETA DA LONGEVIDADE
Expectativa de vida dependeria de alimentação mais leve.
Coma menos, bem menos, e viva mais. A fonte da juventude parece, definitivamente, estar numa dieta de restrição calórica, como indicam estudos feitos nos mais diversos organismos, entre eles o ser humano. De roedores a homens, todos aumentam sua expectativa de vida sob uma dieta rigorosa. A questão é saber se, num mundo tomado pela epidemia da obesidade, a busca pela longevidade suplantará a tentação de comer chocolate, hambúrguer e pizza.
Numa revisão de estudos publicada na “Science”, especialistas em nutrição e longevidade confirmam que a restrição calórica tem uma influencia direta nos mecanismos moleculares relacionados ao envelhecimento em todos os animais estudados. Não se trata apenas de ter uma dieta mais saudável e, com isso, retardar o surgimento de problemas tipicamente relacionados à má alimentação e â idade, como as doenças cardiovasculares e a diabetes. Mas de um real efeito de retardar o envelhecimento celular.
- A restrição calórica é boa para a nossa saúde por duas razões básicas – resume o especialista em envelhecimento Valter Longo, do Departamento de Bioquímica da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), um dos autores da revisão. – Ela ajuda a prevenir ou adiar alguns problemas de saúde que normalmente ocorrem quando envelhecemos e também direciona a energia antes empregada na reprodução e outras funções para uma ação anti-envelhecimento. Na verdade, ela aumenta a proteção do organismo.
Mais saúde após os 50
Cientes dos significativos resultados encontrados em animais, com redução do total de calorias ingeridas por dia de 10% a 50%, algumas pessoas optaram pelo meio termo e vêm seguindo uma restrição de 25% do total diário na esperança de chegar aos 100 anos e até mais. Mas o principal autor da revisão, Luigi Fontana, do Centro de Nutrição Humana da Escola de Medicina da Universidade de Washington, diz que o seu principal interesse no estudo da restrição calórica não é necessariamente prolongar a expectativa de vida, mas sim garantir uma vida mais saudável aos idosos.
- O foco da minha pesquisa não é exatamente estender a expectativa de vida até 120 ou 130 anos – afirma Fontana – Hoje, a expectativa de vida média nos paises desenvolvidos é de cerca de 80 anos, mas muitas pessoas são saudáveis somente até os 50. Queremos usar essas descobertas sobre restrição calórica e outras relacionadas à genética e a intervenções farmacológicas para reduzir essa lacuna de 30 anos entre a expectativa de vida e a qualidade de vida.
No entanto, diz o especialista, ao aumentar a qualidade de vida, a longevidade deve ser uma conseqüência imediata. No caso do homem, a expectativa de vida chegaria facilmente aos 100 anos.
O trabalho dos especialistas revela que a redução de até 50% da ingestão calórica diária reduz a atividade de mecanismos envolvendo glicose, fatores de crescimento e proteínas que regulam o crescimento, a multiplicação e a morte celular, elevando a expectativa de vida dos animais. Mutações genéticas envolvidas nesses mesmos mecanismos apresentam um efeito similar. Ou seja, os animais apresentam menos doenças relacionadas à idade, como câncer e problemas cardiovasculares e cognitivos.
- A restrição calórica reduz o acúmulo de mutações do DNA típicas do envelhecimento – diz Fontana – Ao reduzir a atividade de mecanismos de alguns importantes nutrientes, ela reduz o ritmo do envelhecimento e previne muitas das doenças crônicas da velhice.
Cerca de 30% dos animais submetidos a uma dieta de restrição calórica morreram numa idade avançada e sem apresentar nenhuma das doenças normalmente relacionadas ao envelhecimento. Neste mesmo grupo, até 50% dos animais apresentaram uma expectativa de vida coincidente com a qualidade de vida.
- Eles acabaram morrendo, claro, mas não ficaram doentes – conta Fontana.
No grupo de animais que seguiu uma dieta padrão, a grande maioria (94%) desenvolveu e morreu de alguma doença crônica como câncer e problemas cardíacos. Os seres humanos não foram estudados dessa forma, claro, mas o acompanhamento de grupos que seguem uma dieta saudável e, portanto, bem menos calórica, revela um ganho similar.
Entretanto, alertam os especialistas, entre as pessoas que seguem uma restrição muito rígida, abaixo de mil calorias por dia, registram-se efeitos colaterais como redução de libido (em razão da diminuição dos níveis de testosterona) e a ocorrência mais freqüente de resfriados. Os especialistas frisam que ninguém deve se submeter a nenhuma dieta radical sem o acompanhamento médico, e que a ingestão de alimentos mais saudáveis é sempre recomendável.
- Uma redução moderada na ingestão de alimentos pode ter um efeito tremendo – afirma Longo. – Na verdade, dá para comer normalmente, só precisamos ingerir muitos legumes, verduras, grãos, frutas, peixe e pouquíssima carne vermelha e de frango.
Com a obesidade já transformada em epidemia na grande maioria dos paises desenvolvidos e em muitos emergentes – caso do Brasil -, parece difícil acreditar que pessoas que não seguem uma alimentação normal conseguiriam fazer uma restrição calórica ainda maior.
Um dos próximos passos da pesquisa é, justamente, testar os efeitos da redução calórica de acordo com grupos de alimentos, como proteínas e determinados aminoácidos. A idéia é determinar se a restrição de um tipo especifico de alimento produziria o mesmo efeito. Há indícios fortes de que a redução da ingestão de carne vermelha poderia ter um resultado similar.
TESTES CRIARÃO NOVAS TERAPIAS.
Outro caminho importante é tentar identificar quais são os mecanismos envolvidos na geração da boa saúde e longevidade induzidos pela restrição calórica e tentar reproduzi-los artificialmente, como desenvolvimento de drogas e terapias.
De qualquer forma, pregam os especialistas, é saudável que as pessoas adotem uma alimentação mais equilibrada e, por isso, bem menos calórica.
- Acho isso possível, embora difícil – afirma Fontana – Nossos governos deveriam promover o consumo de alimentos ricos em nutrientes e desencorajar o daqueles repletos de calorias vazias, que são obesogênicos.